Nem precisa bater, a casa é sua!-BVIW

Deitada na minha rede armada em frente ao janelão da sala, tiro uma soneca e sonho:

"A paz reina no mundo todo como nos versos da canção 'Dia Branco', tão bem descrito por Geraldo Azevedo. Tudo caminha na mais perfeita ordem. Vejo campos floridos, crianças correndo, pessoas felizes andando pelas ruas despreocupadas rumo ao trabalho. Uma chuvinha fina cai sobre os telhados e a terra molhada exala cheiro de passado. Muitas lembranças são despertadas pelo aroma de café fresquinho, pipoca, pão saindo do forno, churrasco, amendoim torradinho. Chamo isso de felicidade".

Como se alguém batesse na porta, desperto deste meu sonho procurando uma justificativa. Pensei em tudo que imaginei no sono leve que me levou a sonhar e chego a conclusão que a felicidade bateu à minha porta. Ah, como seria bom se assim fosse, como nos versos da canção: "Se você vier até onde a gente chegar, numa praça, na beira do mar, num pedaço de qualquer lugar". Esse pensamento me trouxe esperança de dias melhores. Analiso minha vida e chego a conclusão que são as pequeninas coisas que nos trazem felicidade. Impulsiono o balanço da rede, pego o livro que deixei cair ao chão e com o olhar em direção ao céu, agradeço a Deus pelo momento privilegiado de relaxamento.

Tema: Senhora felicidade, posso entrar?