O Homem e o Cão

À beira da estrada de chão

Em dias de tanto asfalto

Em dias de involução

O afeto da cena exalto

Ali, na estrada de terra

Ambos à sombra da mata

O dono do cão que não erra

Na vida simplória e grata

O homem, em paz e descalço

Desnudo de todo achar

Seu cão, tão fiel, sim, realço

Seu pão Deus é Quem sempre o dá

Às margens da civilidade

Quem passa por ele aprecia?

Quem foge ao ardor da cidade

Se rende ao valor da poesia?

Harlen Ribeiro
Enviado por Harlen Ribeiro em 24/01/2022
Código do texto: T7436225
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