Quem quer dinheiro?
Esta é uma pergunta que parece ter sempre uma resposta óbvia e unanime. Em geral a reposta deve ter apenas a alternativa positiva, já que todos nós queremos porque precisamos de dinheiro.
Na verdade, nós precisamos ou almejamos coisas que só o dinheiro pode nos dar acesso. Saúde, segurança, educação, conforto, lazer são talvez as mais básicas, mas o dinheiro tem o condão de colocar ao nosso alcance nossos desejos, vontades, realização de nossos sonhos quaisquer que sejam eles.
A saúde em sua expressão maior, a realização profissional, a casa própria, a empresa própria, o carro, a viagem dos sonhos. Ou seja, o dinheiro pode nos proporcionar quase tudo neste mundo capitalista que nós criamos e que pagamos por cada segundo que vivemos nele.
Mas ao contrário do que muitos pensam, não é qualquer dinheiro que nos traz prosperidade, saúde, felicidade relativa, qualidade de vida. O dinheiro é um meio e não o fim em si e podemos afirmar que ele tem qualidades que podem variar de acordo com a forma que nos chega ou o obtemos.
O dinheiro em si é um pedaço de papel, mas que ao ser homologado como valor legal pela Entidade ou Estado que o imprime e emite ele se torna em valor representativo de bens e serviços que precisamos e desejamos.
Uma pessoa me disse diante desta afirmativa que dinheiro é bom de qualquer forma com que o ganhamos. Tive que a contestar.
O dinheiro é ou tem sua energia própria que faz toda a diferença nos resultados finais com que o investimos.
O dinheiro falso, roubado ou conquistado ilegalmente por atividade ilícitas e criminosas imprime em nossa consciência um parâmetro negativo que o torna o valor maldito.
Este falso valor pode até nos trazer momentaneamente a uma qualidade de vida prospera e ostensiva, mas que no final se apresenta como uma arvore envenenada e deteriorada que produz frutos de igual qualidade.
O mais estranho é que, nossa cultura nos estimula a conquistar de nossos sonhos e desejos, mas, de certa forma ao mesmo tempo, nos passa a noção de que dinheiro é sujo e que traz em bojo o espirito da corrupção.
Segundo algumas culturas que tratam o dinheiro como energia cabalística, para trazer a prosperidade, ele tem que passar por quatro processos que façam girar a “roda da fortuna”.
Ganhar – gastar – investir - poupar. Ganhar – gastar – investir – poupar.
O dinheiro tem que circular de forma responsável e inteligente em todas as suas dimensões para funcionar como o sangue saudável que circula e irriga a economia.
O dinheiro que fica só guardado apodrece com o sovina que o travou. O dinheiro que é gasto de forma leviana e irresponsável traz qualidade de vida efêmera e se esvai na leviandade e vaidade de seu dono. O dinheiro que não é poupado se perde nas rodas de jogos e nas apostas viciosas, e o dinheiro que não é investido de forma honesta e consciente não gera prosperidade, empregos, evolução em sua forma mais saudável e sustentável.
A respeito da ação do dinheiro numa economia ouvi uma história de um conhecido, na verdade um dos homens mais bem-sucedidos da minha cidade que passo aqui a relatar.
“Um casal de idosos, um senhor aposentado com sua espora, chegaram a uma cidade do interior de onde tiveram boas referências que onde pretendiam passar alguns dias,
Chegaram no hotel da cidade, se apresentaram e o senhor pagou um mês de hospedagem antecipado, no valor de R$ 2000,00. Depois de se acomodarem com suas malas no apartamento saíram a passear pela região.
O dono hotel que viva uma época de baixa temporada, resolveu pagar a sua dívida com o açougueiro que segurava sua dívida de forma compreensiva por um bom tempo. O açougueiro por sua vez decidiu pagar o seu amigo medico que tratara seu filho de doença grave, de forma atenciosa e profissional e deixou a dívida pendente, para ser paga em uma época mais adequada no futuro.
O médico sua vez com os R$ 2000,00, decidiu colocar um antigo plano em ação, um simpósio medico em sua cidade e contratou o salão do hotel para tal fim.
Neste meio o casal que passeava pela cidade recebeu a notícia que sua filha fora internada com gravidez de risco que estava precisando urgente da presença deles.
O senhor constrangido, conversou com o dono do hotel, explicou a situação e perguntou se ele não se importava de cancelar a hospedagem de devolver o dinheiro pago.
O dono do hotel de forma compreensiva pegou os R$ 2.000, 00 recebera para o simpósio medico (o mesmo que havia recebido pela hospedagem) e o devolveu ao casal, que saiu dali agradecido e disposto a recomendar com louvor o hotel e a cidade”.
A história me pareceu uma lição simplória de economia, mas serviu bem para exemplificar de forma básica como o dinheiro chega, resolve pendencias numa região de depois segue para cumprir seu misterioso destino.