CORAÇÃO PALMEIRENSE?

   

    Certamente que esse será um ano de grandes revelações. O mundo parece caminhar para o caos, injustiças sociais, pobreza extrema, guerras e desastres naturais. Em meio a tantas notícias ruins e desanimadoras, a medicina nos traz a revelação de algo extraordinário, um marco de nossa era. Pela primeira vez na história aconteceu o transplante de um coração ( de porco ) em um humano. Isso mesmo, um coração 'suíno'. O felizardo foi o americano David Bennett de 57 anos. Durante a cirurgia de David quatro genes foram desativados e seis genes humanos foram inseridos, para enganar o sistema imunológico e ele não rejeitar o transplante. Imaginem as possibilidades se bem utilizada a ideia. 

    A ciência tem se mostrado eficiente em muitos aspectos, em diversas áreas ela tem nos surpreendido com suas 'maravilhas', por assim dizer. Já é possível ver braços e pernas mecânicas em humanos, devidamente ligadas aos membros amputados, conectados aos nervos fazendo o indivíduo realizar tarefas incríveis. Os exemplos são inúmeros. Porém, o custo de um braço ou perna mecânica e tecnológica é enorme. Já o coração, tão mais importante que um braço e uma perna, vindo de um animal fácil de cuidar, é um milagre da ciência moderna. Isso renova as esperanças daquelas milhões de pessoas em filas intermináveis à espera de um órgão. Sou totalmente favorável ao uso da ciência para o bem comum. Sou contra a ciência que constrói bombas e armas nucleares.

Mas, voltando ao coração. 

Quanta evolução desde o dia 3 de dezembro de 1967, quando o cirurgião sul-africano Christiaan Barnard fez o primeiro transplante de coração humano. O paciente só sobreviveu 18 dias, morrendo de infecção. A medicina que é fundamentada na ciência do bem tende a levar o ser humano a outro patamar na evolução. Quando digo isso, 'ciência do bem', me refiro aos muitos pesquisadores engajados em descobrir curas e alternativas ( seguras ) para as moléstias que assolam a humanidade. 

Existe também - não posso deixar de falar sobre o assunto - a máfia que envolve as indústrias farmacêuticas. Haveria cura para muitas das doenças existentes se houvesse um maior engajamento de alguns poderosos. Não é novidade que as indústrias farmacêuticas lucram bilhões na venda de remédios meramente paliativos de algumas doenças. Vender milhões é muito mais negócio do que vender uma única vez. Mas... Quem somos nós na fila do pão para dizer alguma coisa, somos apenas vítimas e cobaias de um sistema ( sem piedade ).

Hoje em dia, em cada casa desse nosso imenso Brasil, existe um porta remédios, seja para pressão, coração ou qualquer outra doença. É impossível encontrar uma casa que não tenha uma diversidade de medicamentos. Por isso digo que, não é lucrativo curar as pessoas, e sim remediar infinitamente.

Eu teria muitos outros assuntos a abordar, 'vacinas', por exemplo; e toda a polêmica envolvida. Esse é um espinhoso capítulo, e não quero me envolver em polêmicas e nem em discussões com ele. Cada um é adulto, dono de si, e sabe o que é melhor para sua vida. Escolhas são feitas e todos nós temos "liberdade" de fazê-las, claro que consequências serão inevitáveis. Espero que a ciência tenha novas e maravilhosas novidades como essa de um autêntico coração (palmeirense).

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 23/01/2022
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