Pode-se perdoar o passado de um jogador de futebol?
A semana foi bem agitada nos bastidores da bola em Porangabussu. A efetivação da contratação do zagueiro de 23 anos, Lucas Ribeiro teve um efeito negativo para a torcida alvinegra. O jogador como todos sabem, quando tinha 18 anos e jogava no Vitória (BA) vazou nas redes sociais um vídeo intimo de um amigo com uma menor de 14 anos. Depois o jogador se arrependeu e na presença de uma juíza, foi feito um acordo com a família da vitima e o pagamento de 150 mil reais. Na mesma semana Robinho, um dos meninos da Vila, campeão do Brasileirão, jogador de seleção em Copa do Mundo, jogou no Real Madrid e Milan. Justamente na sua passagem pela Itália o jogador se envolveu em um caso de estrupo coletivo e foi condenado nas três instâncias da justiça italiana.
No caso do jogador do Ceará eu penso que cabe sim a torcida ficar indignada com a ação do atleta e o mau exemplo que ele deu, mas também cabe a permissão de ressocialização dele. Se a sociedade acha que fazer ele ficar a vida toda sem emprego e sem a oportunidade de continuar sua vida, então acabou a vida em coletivo. Muitos um dia desses eram pelas garantias da da lei, hoje são punitivistas sem possibilidade da pessoa se arrepender e ter o direito de voltar a vida comum.
Na minha visão, existem casos e casos. O caso do Robinho não cabe mais recurso e ele deveria pagar pelo que fez com a prisão. Cumprir no cárcere a pena gerada pelos seus atos inconsequentes. Como no caso do goleiro Bruno, que na época de Flamengo cometeu um assassinato. E ele pagou a pena é verdade, mas o ato dele ceifou uma vida. E por isso ele não deveria nunca voltar aos campos, onde ele deu muito mal exemplo.
Mas no caso do craque do Santos, ele não pode ser extraditado, pois a lei não permite que cidadãos natos brasileiros, sejam levados a outro país para cumprir pena. Já Lucas Ribeiro está ai, com uma ação falha e ruim, mas que tem a chance mais uma vez de provar que pode sim ser um ser humano melhor que tem o desejo de desempenhar sua profissão, como qualquer outro jogador.
Ele sempre vai ter esse fantasma do passado o perseguindo, mas no momento o que se deve cobrar dele é um desempenho como jogador dentro de campo. Mas fica o alerta para quem acha que a vida extra campo não vai ser cobrada. Hoje os tempos são outros.