Biografia de um ser (reedição com algumas colocações)
Publiquei esta crônica em, 2018, (sobre aniversário)
a ideia seria republicar em 2019, 2020, 2021
mas a pandemia atrapalhou muito
resolvi publicar agora com algumas colocações em 2022,
vale a pena as republicações porque a personagem é fascinante!...
Nesse dezessete de janeiro neste 2022, a Neyde Aparecida Ribeiro Florentino, faz aniversário,
Nosso casamento foi em 25 de janeiro de 1975, caminhos de bênçãos! Nossa união nesse dia se deu na Igreja Presbiteriana. Eu o filho de dona Maria Vitória Florentino casar ali, numa igreja evangélica. Mas Dona Maria Vitória é muito católica, catequista, defende suas convicções com unhas e dentes, permitir que seu filho case assim? (comentários de muitos e muitos que nos conhecia a fundo) muitas indagações:
--- E aí, Neyde, dona Maria não vai gostar!
--- Uai, não estou casando com ela, estou casando com o filho dela!!! (resposta taxativa)
Os que previam essas previsões negativas erraram feio, porque as duas se deram muito bem, nora e sogra foram amigas de verdade até os fins dos tempos de minha mãe que foi em 2010, nos últimos tempos de sua lucidez dizia que minha esposa não era só nora, amiga inseparável mas sim mais uma filha. As duas não deixavam que suas convicções se debatessem, nelas eu sempre vi exemplos de fé inabaláveis...
O começo foi assim: antes de casar eu gostava do jogo de sinuca, jogava a valer mesmo. Um dia perdi o meu pagamento todo, nem sei como fiz quando cheguei em casa, para dar a minha parte no sustento do lar, ainda com os meus irmãos menores. Minha mãe era brava! Uma vez do serviço para o bar, joguei tanto que quando me dei por fé, já tinha amanhecido, no caminho de volta para casa encontrei com minha mãe, ela mais do que depressa diz:
--- O que é isso Lourenço, agora?
--- Não, mãe, estou vindo da missa das seis. Nem parei já imaginava o terrível sermão...
Mas não foi sempre assim não, eu era o mais santinho dos 12 irmãos, rs... rsss... Brincadeiras à parte mas meus irmãos eu sempre os admirei, minha mãe foi também ótima referência para eles, mas voltando ao meu caso, foi assim:
Um dia estava indo do trabalho para casa, pensava e repensava:
--- a vida na terra é complicada, mas nós seres humanos complicamos bem também, será que existem anjos, meu Deus! E foi respondida a minha pergunta, vi a Neyde pela primeira vez (ou será que já a tinha observado) aquela jovem com seus 17 e poucos anos me encantou, seu sorriso marcante, até hoje, (só conferir no perfil) só sei que o namoro começou naquele exato momento.
Aí alguns analistas indagavam de novo:
--- Tem certeza, Neyde, ele é viciado na sinuca, e depois?... vinha novamente a resposta no ato:
--- Depois eu dou um jeito nele, (quero acreditar que ela estava convicta de que eu iria mesmo parar, eu acho que sim porque ela sempre foi otimista) o tempo passou, casamos, nunca mais joguei sinuca, lá se vai várias décadas e pensar que eu continuo achando o jogo de sinuca espetacular, no meu entender (posso estar errado) existe uma geometria interessante.
O vício do cigarro, de tanto que mãe e nora falaram na minha cabeça que parei de uma vez.
Vieram os filhos, 5 no total, todos maravilhosos, consequentemente genro, noras, netos, maravilha pura.
O assunto foi aquele aniversário!
Quantos aniversários dela que passamos juntos, quantos só ficaram no parabéns pra você, épocas apertadas no setor financeiro, apesar saber que as riquezas que almejavas mesmo eram as graças de Nosso Senhor.
Dezessete de janeiro de dois mil e vinte e dois!!! Mais um aniversário.
Parabéns, querida esposa, mais um ano... Que o Senhor te continue abençoando.
Ah! Também sei que apesar dos caminhos às vezes tenham muitos espinhos, transpusestes e outros não temerás, sabe porquê? Porque o Criador lhe deu as graças de você ser fascinada nas flores e são muitas lindas flores que colherás no decorrer de sua vida....