A CIÊNCIA AVANÇA, AS PESSOAS RETROCEDEM
Não sei se só eu vivo intrigado com muitas coisas que vejo acontecerem no dia a dia ou se existem mais pessoas doentes assim. Coisas que sabemos que são danosas a nossa saúde, mas que as pessoas insistem em ingerir como se não soubessem o mal que isso pode causar. O mais intrigante é que as informações estão ao alcance de todos, basta um clic e o mundo se abre, pronto para ser explorado com muita sabedoria. Mas na contramão dessa realidade, as pessoas preferem manter a venda da ignorância e continuar o caminho que leva ao precipício. Não sei se estou sendo claro, mas quero chegar aos hábitos alimentares que nós adotamos, ou melhor, que somos conduzidos a adotar. Já aos meus 37 anos de idade, dentre eles, 17 vividos em contexto escolar, não entendo porque as escolas ainda servem como merenda refrigerantes, balas, calabresa, salsichas e tudo quanto é coisa enlatada, sem contar ainda, claro, com as intermináveis frituras à base de muito óleo e sal. Se é uma escola, pressupõe-se que a alimentação se aproxime do que é recomendado pelo ciência para uma vida saudável. Mais o agravante mesmo é ainda perceber que há a presença de refrigerantes como líquido principal em festas e reuniões de professores. Pela lógica, esses tipos de alimentos não poderiam adentrar os muros das escolas, até porque se trata de uma Instituição que visa preparar os estudantes para a vida em sociedade, de forma crítica. Acima de tudo, a escola tem a função de preparar o jovem para uma melhor qualidade de vida. Mas, pela experiência relatada, teremos mesmo é uma sociedade que se alimenta mal e, por consequência, pessoas cada vez mais doentes. Pelo que parece, apesar do avanço das ciências, nós aprendemos cada vez menos. Uma olhada atenta ao que as pessoas andam ingerindo é suficiente para chegar a essa conclusão. Mas as constatações não param por aí. Fui a um laboratório levar meu filho de três anos para colher sangue para exames de rotina, pois ele é alérgico à lactose e tem o nível de açúcar no sangue um pouco avançado para a idade dele. Por isso não pode ingerir alimentos à base desses produtos. Mas o ser humano possui a capacidade de surpreender o outro, vezes de forma positiva e muitas vezes de forma negativa. Pois sim, dessa vez a surpresa foi bem negativa. Ao finalizar o processo de retirada do material para exame, a profissional que executou o trabalho, deu para a criança como recompensa, justamente um saquinho contendo balas, bombons à base de leite e salgadinhos. Uma alegria para a criança e uma frustração para os país. Agora imaginem a dificuldade que foi convencer essa criança a entregar ao papai essa sacolinha. Fico intrigado, indignado e chateado pela forma com que as pessoas fazem apologia a essa alimentação doentia que leva cada vez seres humanos aos hospitais, aos cemitérios ou quando não os condena a uma vida regada a remédio. Estamos mesmo é perdidos. Se as escolas que deveriam abrir guerra contra essa cultura e indústria alimentícia do mal, ao contrário, reforçam essa prática. Se a área da saúde que cuida para que as pessoas fiquem boas, pelo contrário, incentivam a ingestão dessa comida lixo, imagine a sociedade em si o que coloca para dentro do organismo. A pergunta que cabe aqui é teremos solução para essa situação ou o ser humano vai entrar em extinção assim como algumas espécies em um passado não tão distante? O incompreensível ainda são essas atitudes que nos levam para o caminho do precipício justamente em uma época em que a ciência tem feito o papel dela, as tecnologias têm feito o papel dela que é de divulgar as informações. Será a indústria maior que o conhecimento? Não? E por que não utilizamos o conhecimento que temos ou deveríamos ter para vivermos melhor, com mais saúde, com hospitais, clinicas e laboratórios menos lotados? Como explicar um médico ser fumante? Como aceitar que um laboratório dê como recompensa doces e salgados às crianças? Por que essa apologia a tudo que faz mal a nossa saúde? Você já tinha pensado nessas questões?