SEMPRE HAVERÁ UM "MAS" EM NOSSAS VIDAS.

Estive pensando: Quando se iniciou a pandemia, entrei numa angústia, num medo, numa crise , e não dormia direito, não comia direito e pensava muito, mais do que já pensava.

Era uma avalanche de perguntas e uma delas era: se eu não saio de casa, se eu não tenho contato com ninguém, então como posso ser contaminada?

A TV começava a se tornar uma inimiga.

Depois das aulas on line, vieram as aulas presenciais e de repente o on line novamente.

Foi o on line que me deu mais satisfação. Foi a superação, foi a minha adequação que me deu o maior dos

desafios e me tornou um ser humano bem melhor.

Abria a tela com a classe cheia, em média 18 alunos, onde a maioria das outras salas era 10, no máximo.

Começava as 9.30h e a tela ia ampliando, aumentando e os rostinho iam enchendo minha alma de satisfação.

Os pais presentes, acompanhavam de longe, aprendendo com as crianças.

No final, todo dia, a gente fazia pose para a foto do final do dia. Tudo registrado, todo mundo alegre e comprometido.

Muitas vezes, escutei o choro particular de algumas crianças, outras vezes eu e quem chorava, pedindo para eles terem força, que aquilo iria passar. É claro que eu dizia, mas no fundo, eu sabia que ia demorar para passar.

Um dia, morreu meu pai, outro dia foi um amigo, outro dia uma amiga, certa vez uma internação, outra vez adoeceu meu filho, depois minha neta, minha irmã, minha mãe, o pai de um aluno e tudo foi acontecendo, sendo muito longe de ser natural.

Em julho último, recebi uma mensagem de um aluno me contando sobre a morte de sua mãe.

Foi uma dor, uma amargura, que eu não sabia o que dizer ao menino de 11 anos.

Realmente a coisa é difícil quando você quer abraçar o mundo sem ter os braços suficientes.

O sofrimento é certo e não há como fugir dele.

Quando voltamos ao presencial em agosto, a vontade era abraçar cada um, era poder chegar perto, mas não foi possível e eu mais uma vez, chorei.

Os pais, muitos me ajudaram, outros foram omissos, mas eu não vou criticar. Cada um é responsável pelo seu filho. Deixam para a escola, a obrigação que deveria ser deles.

Hoje, muitos falam da vacina: para os adultos: não previne a doença, só ameniza e de 6 em 6 meses.

Eu mesma, tomei a terceira dose em 16 de novembro e hoje testei positivo para a doença. Que triste!

Agora em crianças, como confiar, se a própria fabricante pede para aguardar 30 minutos no Posto de Saúde para ver se a criança não passará mal.

Olha, pensa, pesa o benefício e decide: A PANDEMIA AINDA NÃO ACABOU, mas ...

Sempre haverá um "mas" em nossas vidas.

PoderRosa
Enviado por PoderRosa em 11/01/2022
Código do texto: T7426668
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