No Topo da Montanha
Qualquer brasileiro que chegue ao Palácio do Planalto, na condição de Presidente da República, teve lá os seus méritos. A maioria dos eleitores, democraticamente, o colocaram lá. Se, porventura, em chegando lá, houve desvio de conduta, desobedeceu a liturgia do cargo ou a própria Construção, aí é outra história. Vêm flechadas de todos os lados, da situação e da oposição, de quem nele votou e de quem não votou. Mas, enquanto estiver lá, com elogios ou críticas , é o Presidente de todos os brasileiros.
No primeiro mandato de Lula, quando estava no auge de sua popularidade, Reis e Rainhas do mundo inteiro quiseram conhecê-lo, como diziam também em relação a Pelé.
Estávamos, minha mulher e eu, num país de língua esponhola, que facilmente identifica o nosso português, quando um vendedor ambulante, numa das ruas principais de sua capital, disse-nos entusiasticamente: "brasileiros amigos de Lula!"
Depois de tanta reviravolta na política, eis que agora, Lula e Bolsonaro se apresentam como ferrenhos adversários para as eleições de 2022, ambos querendo reocupar "o topo da montanha" política do Brasil.
Assim, chegando lá, conduzido através das urnas, cabe a nossa reflexão: "graças a mim ou por minha culpa."