Felipe, Rumo ao Pódio
Por Nemilson Vieira de Morais (*)
Felipe, o pernambucano que está em Manaus num tratamento duma dependência química, já desponta como um forte candidato ao pódio… A libertação da escravidão dos vícios das drogas, que cultivava, como a cocaína e outras, está a vista.
Casado com a Keila, tiveram dois filhos: Filipe e Rita (Filipinho e Ritinha, como carinhosamente gosta de trata-los).
Uma forte crise de depressão o levou ao danoso experimento e uso contínuo de alucinógenos. Chegou ao ponto de vender a botija de gás da casa.
— Dia a dia aprofundava mais no vício…
Do Recife o Filipe acompanhava o Pai Marcos, pelas lives. Num desespero tão grande para se ver livre dessa maldição…
Pediu ajuda financeira a um, a outro e desta vez, não para aquisição de drogas, mas para a compra de uma passagem aérea a capital manauara; na busca de um socorro.
“Bateu um desespero na minha cabeça e eu disse: rapaz, sairei a pedir a todo mundo, 2, 5, 10 reais e comprarei a passagem. Vou-me embora tratar da minha dependência química”. — Felipe.
A noite havia chegado e com ela o Felipe, surpreendentemente adentrou à sede do "Instituto Pai Resgatando Vidas"...
Em parte, o que fez, não é algo aconselhável se fazer: aventurar-se numa viagem desta, sem uma consulta prévia à direção da casa.
Mesmo sem vagas, mas, pela grandeza do coração do Marcos, após ouvi-lo, e vê-lo em lágrimas, o aceitou; mesmo sem uma devida combinação prévia das partes.
Aproximava-se o final de 2021, lá estava ele sozinho na sede do projeto com sua mala; bem-vestido, sapatos brilhosos, cabelos alinhados, vestimentas impecáveis, celular de última geração, às mãos, boa facilidade para se expressar, a querer um acolhimento.
Dizia não ter condições sequer de pagar um hotel e sem mais delongas o pai o acolheu e levou a chácara.
Por lá, os demais internos o olhava com um ar de desconfiança, havia piadas, gracejos ao seu respeito (por não aparentar ser morador de rua) que nem eles foram.
Achavam ser este um intruso no ninho. Enviado à prejudicar alguém; investigador de Polícia, um lobo vestido de ovelha.
Parte da diretoria (num pé atrás) temendo o pior, demonstrou um certo descontentamento do Pai Marcos ter aceito o Felipe como interno; o clima diversificou entre esta e o diretor.
Marcos, visionário, para dissipar o impasse agiu rápido: conseguiu realocar o novo acolhido num projeto parceiro, na região metropolitana da capital; — conhecido por “Casa de Recuperação Portas Abertas”.
Com isso, o Marcos, conheceu a instituição que o Felipe fora, ontem (05:01:22), no seu resgate a chácara novamente (ao atender o seu desejo inicial), pôde abençoar a casa com cestas básicas e, prometeu um fogão industrial a entidade. — Ao saber que ainda cozinhavam os seus alimentos de maneira rudimentar; na lenha e brasas.
Talvez alguém pergunte: qual o motivo desse resgate?
"O Felipe é ansioso, amoroso com a família, como não havia uma maneira de se comunicar com a mesma, por isso está indo. Eu creio que lá no Pai Marcos terás o que ele quer, mas, o que precisava veio buscar aqui.
Graças a Deus! Com essa parceria com o Pai Resgatando Vidas, temos o que as pessoas precisam...
Estamos fazendo este trabalho para que, elas possam sair desse vício. — Voltar a sociedade mais, conscientes sobre essa porcaria (as drogas) que está destruindo tantas famílias.
Creio, isso deveria vir de escolas.
Se nós tivéssemos UMA MATÉRIA SOBRE DROGAS, iríamos formar cidadãos melhores… Hoje em dia a droga mata mais que a COVID". — Diretor do (Portas) Abertas.
Desta vez a reinserção do Filipe na chácara, se deu em clima festivo, pela adesão da receptividade de todos da casa.
Seu sucesso ao domínio do vício, é algo perceptível pela sua evolução no tratamento.
Felipe promete sair vitorioso: pelo foco no seu tratamento, pela pessoa sociável que é...
Têm o dom da Palavra, de louvar a Deus e já ajuda nas atividades religiosas. Caiu na graça da direção, dos integrantes da instituição e dos internautas.
*Nemilson Vieira de Morais,
Gestor Ambiental/Acadêmico Literário.
Texto com base nas lives do Marcos Bastos.
(06:01:22)