Achismos...

Já achei tanto nessa vida! Tanto para o que era ilusório, quanto para o que foi real.

Achei que pertencíamos um ao outro. Achei que era de fato importante. Achei que o que tínhamos realmente era de verdade.

Que mesmo com tudo que ao fim passou a ser claro e vidente, fazia sentido estarmos juntos. Que tudo que te entreguei era necessário ou pudesse te fazer um homem feliz. Para que nada te faltasse, embora parecia que o pouco já te era suficiente.

Não me dei conta que acabou fazendo falta em mim o pouco que você me deu...Faltou força de vontade, interesse em mudar, fazer valer aquele amor e admiração que tanto você apregoaste, mas que não foi capaz de colocar em prática, em atitudes.

Achei que sendo tudo para você, ter focado em te fazer completo, era o essencial para manter o que tínhamos.

Mas vi que não funciona assim! Que só estava me anulando para manter você como o personagem principal de nossa história.

Deixava de dar importância e atenção a quem realmente merecia, para estar a disposição de um alguém que no fundo não me tinha como prioridade, mas sim como uma opção a curto prazo, me reduzindo a metade.

Me enganei muito achando que sendo um livro aberto, mostrando quem realmente sou, contando meus segredos e erros, fizesse com que você confiasse em mim, acreditasse que eu era de verdade, e não uma farsa ou uma atriz, como você muitas das vezes me acusou.

Foi só perca de tempo, de anos e de horas jogados no lixo!

Também achei que o meu amor, e tudo que eu demostrava em palavras e gestos, eram suficiente, achei errado!

Achava que o meu passado para você tinha ficado para trás, mas ele foi constante lembrado, como uma condenação, uma penitência, que eu tinha que pagar por ter feito escolhas erradas no momento. Me resumindo e reduzindo a metade do que verdadeiramente eu sou...

Por isso hoje, me reconstuo todos os dias, e não permito que ninguém me defina e me faça me ver diferente do que me representa de forma fiel.

Já achei que não seria capaz de aguentar tantas coisas que me foi dito, tantas coisas que li, coisas ruins que vieram de você, inverdades e calúnias, que hoje me é fácil suportar e não me machucar.

Não acho mais nada, só procuro ver o que tá explícito.

Também não me deixo dar tanta importância ao que acham. Os deixo achar qualquer coisa. Cada qual tem seu direito de achar o que lhe convém..Mas a mim, isso será irrelevante.