O PERDÃO

Para a condição humana, nunca é fácil a nobre ação de perdoar. Rogar o perdão, por seu turno, também está muito além da humaldade de muitos. Pedir perdão por uma ofensa ou ato impensado, até mesmo premeditado, ou perdoar qualquer ofensa, certamente exige enorme dose de reconhecimento do erro da parte de quem agrediu e altruísmo da vítima. Ambos normalmente não são corriqueiros, dado que infelizmente é comum a vitória dos ressentimentos, além de se tornar um duro golpe para a auto-estima de alguns tomar a atitude de dar o braço a torcer.

Quando a esfera do desentendimento acontece no âmbito das relações amorosas, então o perdão, tanto a ser pedido quanto dado, encontra as barreiras do constrangimento, da alma ferida, do coração partido e do rancor, entre outras razões. Nesse caso, sem dúvida, quem cometeu a traição tem vergonha de encarar a pessoa cuja confiança não fez jus; já aquele que confiou se debate entre a raiva de ser traído e o sentimento de continuar gostando do parceiro, malgrado tudo, ainda latente. Tudo dependerá, muitas vezes, do passar do tempo, da cicatrização das chagas e do arrefecimento ou não dos rancores.

Num caso e noutro, parece sempre reação árdua suplicar perdão e aceitar perdoar. Há quem perdoa e não esquece, os que nunca mais tornam a confiar e também inúmeros disposto a jamais perdoar. Sem esquecer de assinalar, no extremo contrário, os diversos incapazes, e os motivos são vários, de suplicar o perdão. É a condição humana e sua fragilidade moral, sentimental, egoísta e espiritual.

O que nos remete ao perdão incondicional mais supremo e importante para todos nós: de Deus. Sim, pois apesar de termos a natureza do pecado em nós e de pecarmos dia após dia, Ele, por amor a nós, se fez carne e habitou entre nós cheio de graça e de verdade com o fito único de propagar as boas novas e morrer crucificado para, por Sua morte redentora, nos conceder o perdão de que precisamos para ter acesso ao Seu Reino de glórias. Morrer na Cruz, contudo, não completava a obra...concretizou-a em definitivo quando Ele ressuscitou, nos justificou ao Pai e nos regenerou, nos tornando, só a partir de então, filhos de Deus. Eis o verdadeiro perdão, que não foi somente o ato de falar, mas de morrer, e morte de cruz, não sendo esta, no entanto, definitiva, pois Ele, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, ressuscitou dos mortos e nos concedeu a santa graça da vida eterna no glorioso Reino de Deus! Amém!!!

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 06/01/2022
Reeditado em 06/01/2022
Código do texto: T7423081
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