Fábio deixa Cruzeiro - Futebol é somente negócio?

Chegou a informação de que o jogador de 41 anos, Fábio, então goleiro do Cruzeiro, com 976 jogos pelo Azul Celeste de Minas Gerais, não permanecerá para a temporada 2022. A diretoria propôs redução salarial ao ex-jogador e um contrato de três meses para o encerramento da carreira. Porém o jogador queria ficar até o fim da temporada e ajudar o clube na busca pela primeira divisão. Além de ter débitos pendentes de 10 milhões com o maior ídolo da história recente do clube, preferiu jogar na lata do lixo toda sua trajetória.

O Cruzeiro virou uma SAF (Sociedade Anônima de Futebol) e agora o atual, 'dono' do clube, o ex atacante Ronaldo Fenômeno colocou pessoas de sua confiança para tratar da gestão. Demitiram o técnico Luxemburgo, se desfizeram do contrato apalavrado com Pará e agora por meio do diretor executivo Pedro Martins e Gabriel Lima, representante da atual gestão agiram de uma forma desumana e covarde com esse guerreiro que foi dentro de campo durante muitos anos pelo clube mineiro. O que marcou bastante na carta aberta que Fábio escreveu e publicou nas suas redes sociais, foi a frieza de Paulo André, zagueiro que jogou Corinthians ,Athletico PR e foi companheiro de clube do goleiro. Na carta ele citou que sequer foi cumprimentado por ele, que estava numa sala ao lado.

Ai me pega a seguinte questão. Tudo bem que futebol como empresa é um negócio. Em primeiro lugar vem o profissional e depois vem a paixão. Mas não se separa o amor do torcedor pelo clube e pelos seus ídolos. Todos um dia envelhecem e se aposentam é bem verdade, mas a forma como se trata um profissional que honrou tanto essa camisa azul mostra que gestores são esses sem sentimentos algum.

Além de ficar devendo o jogador e ficar empurrando com a barriga pendencias de 2019, 2020 e 2021, ainda impedem do guarda metas vislumbrar o sonho de atingir os mil jogos com a camisa da Toca da Raposa. É possível acreditar em um projeto assim? No fundo vai ficar apenas as lembranças dos títulos e das glórias, mas sem o direito a abraçar novamente a torcida e sentir o apoio da massa.

Agora ficam os homens de negócios e suas pastas de papeis em busca de autômatos, para cumprir silenciosamente e de cabeça baixa a sua regra. Como fazer a torcida do Maior de Minas se encanta por essa ideia de SAF? Vai recuperar mesmo financeiramente o Clube? Porque no imaginário do torcedor seus heróis estão sendo 'decapitados'.

Carlos Emanuel
Enviado por Carlos Emanuel em 06/01/2022
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