POR QUE NASCEMOS AQUI?

Desconheço estudo fajuto ou sério a respeito dos motivos que nos levam a nascer aqui ou alhures, no Brasil, na Dinamarca, na África ou qualquer outro lugar do mundo. Talvez, é evidente, seria impossível, penso, encontrar alguma base ou princípio de onde se inicie uma prospecção acadêmica dessa tessitura. O que se pode, apenas, e especular à toa, quebrar a cabeça refletindo sobre o assunto e ter a certeza de que nunca poderá chegar a uma conclusão plausível.

Pondero, sorrindo do despropósito dessa ideia estapafúrdia, que ninguém jamais tenha pensado em pesquisar sobre o tema, até porque imagino inexistir trabalhos científicos ou metafísicos capazes de iluminar tal perspectiva esdrúxula. Quem nasce na Europa certamente nunca fica imaginando por que não nasceu na Faixa de Gaza ou no Líbano, embora o contrário seja provável.

Sei, esta crônica é desprovida de sentido tanto quanto o tema abordado, impossível fugir da realidade. No entanto, na Idade Média quem falasse em ir à lua decerto seria queimado vivo; no começo do século 20, se qualquer um sonhasse em se comunicar por áudio ou vídeo através de um pequeno retangular aparelho móvel, o denominariam lunático. O que hoje é absoluta realidade, antes de ser somente sonho, foi loucura ou bruxaria. Não se podem descartar os devaneios. Significa que um dia estudaremos as razões de termos vindo ao mundo em determinado país e não em outro? Quem sabe? Falam e escrevem aqui e ali que alguns almejam habitar em Marte, conhecer o sol mais de perto, colonizar a lua etc. Loucura? Eu diria sonhos.

A propósito, quisera eu ter nascido onde nasci mesmo, Deus sabe a importância de me ter enviado exatamente para a cidade na qual vim ao mundo, e Seu propósito é o que me importa.