Das Minhas Lembranças 18

Assumi a coordenação da Casa do Movimento Popular quando o Seu Joaquim Jerônimo, então coordenador geral, rompeu com o projeto, que fora aprovado pela entidade financiadora, tão logo a construção do prédio iniciara. A parte administrativa se instalara, provisoriamente numa sala do COPRE, uma escola de ensino profissionalizante. Silvia, era a secretária.

Assim que a captação de recursos foi aprovada, novos personagens incorporavam ao projeto, técnicos e gestores. Quando deixei a direção, Pacheco, funcionário da Magnesita e pastor evangélico, assumiu.

Durval Ângelo, da diretoria da APC (Associação dos Professores de Contagem), convidou alguns membros da Casa, para fazer a denúncia de uma suposta irregularidade. A reunião aconteceu na sede da APC. A tal irregularidade me pareceu mais uma queda de braço entre Durval e Nilmário. Nessa conversa registrei a minha posição: se há alguma irregularidade, que se instale uma auditoria e os responsáveis punidos, mas se a tal irregularidade não se confirmar, que o denunciante arque com as consequências.

Dias depois a direção da Casa me convidou para uma reunião nas dependências do COPRE. Presentes, entre outros e outras: Pacheco, Hamilton Reis, Sebastião Milanez, Stael, Antonia Puertes. Deixaram o último ponto da pauta, para me inquirir. Fui surpreendido pelo dedo em riste de Pacheco, me acusando de difamar a Casa, violando um artigo do estatuto. Expliquei o que ocorrera. Hamilton ainda argumentou se eu estava pedido desculpas. Retruquei, que se alguém tinha que se desculpar, era a diretoria, pela acusação infundada. E demos o assunto por encerrado. Dias depois fiquei sabendo que Donizete foi quem reclamou de minha ida à reunião convocada por Durval.