Apenas um para terminar
Nunca soube me relacionar com ninguém. Acostumei a sair qndo as coisas não iam bem. Durante muito tempo me convenci de que assim era o correto. N devia ter mudado.
Não se deve aguentar dias ruins.
Hj olho p vazio do mostrador do whatsapp e fico horas olhando seu nome. Vc retirou o visto por último e tb sua foto. Eu estou também sentindo a ansiedade no meu corpo, pq de alguma forma qndo algo n vai bem eu sinto que abandonei o relacionamento. Eu não estou ali. Minha mente divaga sobre se eu poderia viver sem vc. Eu constato que sim, mas a ânsia de vômito n me permite terminar a cena ilusória q criei.
Eu digo coisas que possuem significados alheios a minha vontade e calo o eu te amo vazio de sentença pronta. Ele diz cada vez menos sentimento e cada vez mais falta de jeito p amar msm. Eu não aceito seu amor mudado e ignoro as coisas que mudei em mim.
Me sinto abafada de ser eu em casa e não me reconheço nem msm qndo estou só. Minhas mãos trêmulas vivem a sensação de não te ter pq vc escolheu me deixar. É absurdo que um apenas seja suficiente p terminar se todo começo exige dois. Tenho preguiça de me reinventar e medo de descobrir que eu não gosto morar com alguém.
Medo de ter amizades sofregas como agora me parece nosso relacionamento. Outro dia vc falou que eu pareço não ter superado a nossa diferença de idades...e eu me peguei pensando em algo que nunca mais havia passado nem de relance em meus devaneios. Faz tempo é difícil eu me fazer acreditar que passei dos 30. Todo dia eu levanto c a sensação latente dos 23. Repasso nossa história juntos. Eu não sei oq me trouxe aqui. N vi o tempo passar, mas suas palavras duras comunicam que estamos juntos há tempos. Suas mensagens chegam como as de um completo desconhecido e vc somente fala de coisas triviais. Eu que conheci o sublime e corri até a beira do abismo, parei no tempo certo p te ver. Tanto eu avisei a mim msm que minhas decisões n poderiam ser impulsionadas por vc. Tantas vezes acusado de ter saído de casa sem saber ao certo oq estava fazendo, trazem p meu agora uma constatação aterradora: eu é quem não sabia o que estava fazendo. Eu espero que na sua saída eu descubra mais do que posso fazer, só que isso TB é absurdo, eu não devia esperar, eu não era de esperar nada, agora eu espero tudo, até o fim, para ser o começo do que só eu posso terminar sozinha.