Final de tarde!
Final de tarde!
Não há nada tão existencialmente emocionante que final de tarde. O momento ambíguo entre dia e noite, claridão e escuridão, vida e morte!
Não importo muito com a beleza do sol, a vermelhidão do horizonte, o desabrochar da lua, não, nada disso, o que encanta é a sensação íntima, algo que não se vê, não se descreve, aquilo que percorre o ser, arrepia, um frenesi, quase loucura, o encontro intimo consigo mesmo, uma transcendência do natural!
Voltemos ao natural, ao pé no chão, ao dia a dia.
Final de tarde do primeiro dia do ano, ouvindo a sofrência na Rádio Cancella, um cantor, não sei qual é, lamentando o pé na bunda, descobrindo, depois de tanto penar, emagrecer mais de 10 quilos, que o melhor remédio para ele que separou e não esqueceu a amada é uma Brahma gelada.
No final de tarde, da primeira tarde do ano, tomando uma Amstel gelada, concordo com o sertanejo, vou só acrescentar ao conselho, que para superar a dor da rejeição, a Brahma ou seja qual for a preferência, seja saboreada no Cabaré da Lena, interagindo com os amigos e amigas, os estranhos, as estranhas... não é bem a Brahma que resolve a dor da perda, mas a interação social, o contato com as pessoas!
O final de tarde, o momento ambíguo entre dia e noite, claridão e escuridão, vida e morte, o frenesi, o encontro íntimo consigo mesmo, a transcendência do natural, não convém ser a vivência cotidiana de qualquer um de nós, gostando ou não de Brahma gelada... é loucura, o natural é viver intensamente com as outras pessoas!!!!