Crônica de Ano Novo do Bacamarte
Aluu! Inuugujaq meus 23 fiéis leitores e demais 36 que de quando em vez passam aqui pelo meu calendário literário a fim de ler crônicas de início de ano. Ajungilla?
Passamos a virada de 2021 para 2022 novamente na casa de minha irmã Mercúria. Todos os Bacamarte lá, reunidos, juntando os cacos do ano anterior e preparando as trincheiras para 2022. Apenas uma certeza absoluta: terminamos 2021 enterrando parente e iniciaremos 2022 da mesma forma.
Sabemos que a senhora Bacamarte ficará pelo primeiro semestre, logo, vamos aproveitar o tempo que resta, juntos. Já disse que ela é o amor de minha vida, em crônica anterior, quando falei do funeral do velho Bacamarte. Maldito cigarro, quanto tempo ele está tirando dela nesse plano físico? Já não importa. Os Bacamarte adoram whisky, mas a senhora Bacamarte não pode mais tomar, mesmo que isso não vá fazer muita diferança agora, quando o destino já está traçado.
Virei o ano bebericando esse daí de cima, em homenagem aos olhos dela, os olhos mais lindos do mundo. Quando vi o corpo do velho Bacamarte ali, feito um picolé, não o reconheci. Já não era ele naquele corpo, não havia mais aquela centelha de vida que vemos nos olhos das pessoas vivas. Realmente, era apenas uma roupa que ele usava quando vivo. Um violão sem cordas, uma garrafa de whisky vazia: a essência se foi.
Adoro os quadros de Renoir por uma característica que lhes é peculiar: os olhos das pessoas. Destacam-se, hipnotizam. Renoir enxergava a centelha de vida e a punha nos quadros, nos olhos. Impressionante capacidade do impressionista, essa. Os lindos olhos verdes da senhora Bacamarte ainda carregam sua centelha de vida.
Sei que não é um tema alvissareiro para uma crônica de Ano Novo, mas é a realidade dos Bacamarte, por hora. Todavia, não vou ficar escrevendo sobre isso esse ano. Se for o caso de não conseguir pensar em outra coisa, nem escreverei. A Vida é mais brutal do que os brutais cronistas podem suportar. Um feliz 2022 para todos.
Qujanaq por terem dado uma passadinha por aqui hoje. Takuss"!
----- * -----
Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.
MAIS TEXTOS em:
http://charkycity.blogspot.com
(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina
Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".)
CARTA ABERTA aos meus caros 23 fieis leitores:
https://www.recantodasletras.com.br/cartas/3403862
GLOSSÁRIO KALAALLISUT:
Aluu - Olá.
Iterluarit kumoorn - bom dia.
Inuugujaq - Boa tarde.
Ajuungila - Como estão?
Qujanaq - Obrigado.
Takuss' - Até mais.
Antônio Rollim Fernando de Braga Bacamarte
Aluu! Inuugujaq meus 23 fiéis leitores e demais 36 que de quando em vez passam aqui pelo meu calendário literário a fim de ler crônicas de início de ano. Ajungilla?
Passamos a virada de 2021 para 2022 novamente na casa de minha irmã Mercúria. Todos os Bacamarte lá, reunidos, juntando os cacos do ano anterior e preparando as trincheiras para 2022. Apenas uma certeza absoluta: terminamos 2021 enterrando parente e iniciaremos 2022 da mesma forma.
Sabemos que a senhora Bacamarte ficará pelo primeiro semestre, logo, vamos aproveitar o tempo que resta, juntos. Já disse que ela é o amor de minha vida, em crônica anterior, quando falei do funeral do velho Bacamarte. Maldito cigarro, quanto tempo ele está tirando dela nesse plano físico? Já não importa. Os Bacamarte adoram whisky, mas a senhora Bacamarte não pode mais tomar, mesmo que isso não vá fazer muita diferança agora, quando o destino já está traçado.
Virei o ano bebericando esse daí de cima, em homenagem aos olhos dela, os olhos mais lindos do mundo. Quando vi o corpo do velho Bacamarte ali, feito um picolé, não o reconheci. Já não era ele naquele corpo, não havia mais aquela centelha de vida que vemos nos olhos das pessoas vivas. Realmente, era apenas uma roupa que ele usava quando vivo. Um violão sem cordas, uma garrafa de whisky vazia: a essência se foi.
Adoro os quadros de Renoir por uma característica que lhes é peculiar: os olhos das pessoas. Destacam-se, hipnotizam. Renoir enxergava a centelha de vida e a punha nos quadros, nos olhos. Impressionante capacidade do impressionista, essa. Os lindos olhos verdes da senhora Bacamarte ainda carregam sua centelha de vida.
Sei que não é um tema alvissareiro para uma crônica de Ano Novo, mas é a realidade dos Bacamarte, por hora. Todavia, não vou ficar escrevendo sobre isso esse ano. Se for o caso de não conseguir pensar em outra coisa, nem escreverei. A Vida é mais brutal do que os brutais cronistas podem suportar. Um feliz 2022 para todos.
Qujanaq por terem dado uma passadinha por aqui hoje. Takuss"!
----- * -----
Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.
MAIS TEXTOS em:
http://charkycity.blogspot.com
(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina
Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".)
CARTA ABERTA aos meus caros 23 fieis leitores:
https://www.recantodasletras.com.br/cartas/3403862
GLOSSÁRIO KALAALLISUT:
Aluu - Olá.
Iterluarit kumoorn - bom dia.
Inuugujaq - Boa tarde.
Ajuungila - Como estão?
Qujanaq - Obrigado.
Takuss' - Até mais.
Antônio Rollim Fernando de Braga Bacamarte