Reveillon

31 de dezembro quase sempre tem o mesmo enredo. As pessoas vestem suas supertições e rezas pra tentar um ano novo mais promissor. Uns entregam pra Deus, outros pro bolso cheio. Tem os que pulam sete ondinhas e os que tentam pular todos os erros do ano que passou. Uns fazem oferendas ao mar enquanto muitos se oferecem por completo na farra de réveillon. É a magia do último dia do ano. Bebados ou sóbrios, nas nossas mentes um ciclo se fecha pra início de outro. Acreditamos que 1 de janeiro é uma chance de recomeçar. E não deixa de ser. Tanto quanto 19 de abril. Ou 20 de maio. De verdade, se hoje é o último dia do ano ou o primeiro, é só uma questão de calendário. Todos os dias somos reféns do acaso e sua bolha. A vida segue ignorando nossas esperanças ou frustrações. Vestidos ou nus de nossas crenças estamos a deriva. O mal ou o bem podem nos atingir sendo bons ou maus. Pode chover forte ou fazer sol. A única esperança possível é nutrir a fé, a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos. Acreditar é um exercício de resistência. Deus, ao contrário do que podem pensar, não é a resposta fácil. Em pleno caos ter fé em Deus é extremamente corajoso. Por isso, por fé, visto minhas crenças neste reveillon e entrego pra Deus sabendo que mesmo sujeita às agruras do acaso, termino 2021 e começo 2022 nos braços Dele. E é o que desejo à todos: feliz ano novo sustentados por fé!

Déda Lizz
Enviado por Déda Lizz em 31/12/2021
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