O amor mata o tempo

Uma dor aperta meu peito, me obriga a acordar 4 ou 5 vezes entre meia noite e cinco da manhã. Eu acordo só. Eu ainda não acomodei isso e nem sei se vou. A gente disse e sobretudo viveu mta coisa e essas memórias maravilhosas são agora o tormento da ausência. Lembro de todas as vezes que te puxei p mim ainda estando magoada. Lembro que eu tb tenho motivos p sair. A minha limitação de amor nunca te fez bem e de certa forma o teu amor genuíno e entregue nunca foi por mim compreendido. É preciso aqui deixar claro que quando vc diz que seu amor nunca precisou do meu para existir, há tb nisso uma limitação de amor e que cada um contribuiu para a cisão de agora. Eu escrevo e a palpitação no meu peito parece acalmar um pouco. O nosso amor um pelo outro até então tinha poder de curar a orfandade da minha existência, poder de me dar esperança p conduzir a vida p algum lugar melhor. Poder de me fazer ficar mesmo estando apavorada. Poder de me calar, mesmo estando cheia de palavras. Poder de me fazer rir de coisas banais. Poder de me fazer aguentar a rotina um pouco mais. Eu acho que não percebi esse poder se gastando, nem da sua parte nem da minha. Confiei que era só a gente se abraçar e recarregá-lo. Só que abraço precisa de dois, qndo um não abraça não engata e quem abraça sozinha sente mais o corpo inerte. Você postou letrux, não retribuiu meu abraço, vc já tinha partido, só que eu não abri as suas notificações de aviso prévio, posto que vc tb vinha ignorando as minhas. De alguma forma pensei que poderíamos abri-las juntos. Agora vc deletou todas elas e eu fiquei c minhas queixas sem destinatário a não ser a mim mesma. Abri-las agora é tão inútil quanto tomar remédio que te faz dormir. Uma hora é preciso acordar. Uma hora é preciso sentir doer. Eu preciso entender que o poder que o amor tem agora é a habilidade de matar o tempo.