PRIMEIROS MERGULHOS NO SEXO
A minha iniciação sexual e de outros garotos nos quatro cantos do Brasil, nos anos 1940 a 1980, foi através dos livretos eróticos criados pelo Carlos Zéfiro.
Ele teve vida humilde como funcionário público e permaneceu anônimo até poucos meses antes de morrer, com medo de perseguição por conta do seu trabalho.
O seu traço peculiar explorava detalhes de áreas específicas da anatomia masculina e feminina com extremo realismo para a época, fazendo com que a nossa imaginação vagasse por enredos picantes e proibidos, dos quais tenho muita saudade.
Hoje os jovens têm à sua disposição um vasto material explícito para descobrirem as nuances do universo sexual, desarmando e atrofiando os motores da imaginação.
Coitada dessa geração atual que não tem aqueles catecismos, como curiosamente eram conhecidos, para se deliciar e sentir certos prazeres inesquecíveis.