Cabaça, cuia e coité...
Cabaça, cuia e coité
Veio o plástico e acabou com tudo. Se resiste algum desses objetos, é pelo
esquecimento, ou porque dura mais. Bem cuidado, que fique aclarado.
Na cuia levava-se e se lavava o arroz, por exemplo. E como era fácil segurá-la pelo
cabo, bem roliço, ao alcance de qualquer boa empunhadura.
O coité, ou será cuité?, esse era meio coco, geralmente com um `olho` ou dois
simulados, quando não era a outra metade, com o olhinho já furado. Servia para
pescar água do pote. Ou quando se levava o pote à cabeça, junção amaciada pela
rodilha, o coité é que se colocava, como um barquinho, na superfície da água para, na
ponta das ondas, reduzir-lhe as quedas.
Já a cabaça, seria pra guardar cachaça? Água boa não ia pra cabaça a toa. Era na
bilha, ou `bia`, que de lá se a bebia. Frisquinha.
E ainda se diz que o mundo ficou mais prático. Ou mais plástico? Só falta ver os
nativos da remota Nova Guiné, ou Papuásia, trocarem as cabaças afiladas e longas -
com que ritualmente mantêm seus membros de pé e embainhados - por tubos de PVC.
Tubo é possível.