Mensagem do Veioa
SEMPRE gostei de receber e enviar cartões de Boas Festas. Depois do advento da Internet esse costume quase foi abolido. Agora basta usar o celular. Mas ainda envio e recebo alguns cartões. Eu e alguns amigos continuamos conservadores.
Vou neste espaço transcrever o teor di catão que enviei para minha meia dúzia de amigos e amigas do peito. Ê uma maneira de incluir todos os vocês do Recanto. O cartão é a transcrição de um trecho de um escrito do saudoso professor Rubem Alves:
"Hoje não há razões para otimismo. Hojé so é possível ter esperança. Esperança é o oposto do otimismo. Otimismo é quando sendo Primavera do lado de fora, nasce a Primavera di lafobde dentro. Esperança é quando sendo seca absoluta do lado de fora, continuam as fontes a borbulhar dentro do coração. Camus sabia o que era a Esperança. São suas as palavras: 'E no meio do inverno eu descobri que dentro de mim havia um verão invencível'. Otimismo é alegria 'por causa de', coisa humana, natural. Esperança é alegria 'a despeito de', coisa divina. O otimismo tem suas raízes no tempo. A esperança tem suas raízes na eternidade. O otimismo de alimenta de grandes coisas. Sem elas ele morre. É esperança se contenta de pequenas coisas. Mas pequenas coisas ela floresce. Basta um morango à beira do abismo. Hoje é tudo que temos, morangos à beira do abismo, alegrias sem razões. A possibilidade sa esperanca".
Para todos muitos morangos. Inté.