NOITE FELIZ PAPAI NOEL
Começamos as nossas vidas vivendo os sonhos, contos de fadas, as lendas, e a figura carismática do Bom Velhinho, espelhada na imagem de Papai Noel, é um desses nortes.
Remonta do século IV, em São Nicolau, na figura de um Bispo Católico, a história do Papai Noel, apartir daí deu asas à imaginação infantil, e ainda são metáforas no homem adulto.
Essas metáforas se fizeram necessárias, foi, e são de vital importância, e muitas vezes ensaiaram abrir a Caixa de Pandora, retirando de lá a esperança, pela perspectiva do Papai Noel, humano, frente as suas labutas diárias, tentando puxar a corda do capitalismo, cabo de guerra desproporcional.
Esses modelos nos servem de pontos de apoio, às vezes de metas, e quando me refiro às metas, anuncio uma interpretação que vai norteando, no homem de hoje a infância de ontem, e esses reflexos são evidentes, viscerais, contundentes.
Nada disso é subliminal. Contudo, a imagem do Natal, está hoje atrelada a uma imagem distorcida de Papai Noel, ao comercio desenfreado, e esquecemo-nos de Jesus, nos afastando do verdadeiro propósito do Natal.
E isso pode ser visto claramente, nas mídias, nos filmes, nos documentários, nas propagandas mirabolantes, vende-se a imagem do Bom Velhinho, o faz refém dessa onda de consumismo desenfreado, e nos esquecemos do verdadeiro Dono da festa.
Não há intenção, de afastar Papai Noel do cenário das manjedouras, porém de aproximar ainda mais Jesus da realidade do Natal.
E nada disso invalida as “cartinhas”, e que ainda hoje estão povoando as nossas cabeças, e muitas delas ficaram sem respostas, pois o “Papai Noel”, humano, que se distanciava forcosamente dos eufemismos, vivendo as realidades do dia a dia com euforismo, porém mais das vezes com dificuldades extremas. Daí, noite feliz Papai Noel, a todos os Papais- noéis é celebrar, festejar o ser humano, é festejar Jesus!
Não há empirismo em nada disso, assim a verdade mostra a importância capital das diversas etapas de nossas vidas, e cria uma relação direta, equânime, ou não, daí um punhado de sonhos de ontem responderem pelos sucessos ou fracassos, no homem de hoje! E tudo isso é subjetivo, e é concreto, é palpável.
Os fragmentos do Papai Noel, no homem adulto, ainda são lembranças, e quais lembranças esse homem adjetiva, rememorando a sua infância, são parcelas importantes dos compartimentos da sua personalidade, cujas portinholas se abrem, mostrando ou não, um homem feliz, capaz, alegre, em paz, ou ainda um homem aturdido.
E são laços, que podem ser observados pelos prismas da razão e da objetividade, no tocante a cada ser, e o conhece-te a ti mesmo, individualiza, e as cavernas de Platão propiciam relativizar as nossas sombras, e serem argamassas, reflexos, com as quais cada ser modela a sua personalidade.
Aí reside, às chaves do sucesso ou insucesso, o pensamento, esse sublime arquétipo.
E se já saímos das cavernas juntos com Platão, e dialogamos com Sócrates, criamos ao nosso redor um mundo de inferências e subjetivide, assim, abriremos as nossas asas e voaremos.
Pois, o conhece-te a ti mesmo, propicia uma dimensão importante, incoemsurável de zelo em nossas vidas, e fecha as portas das vitrines deletérias, e a personalidade ratifica plenamente o ser.
Isso nos possibilita dizer, ou até mesmo entender, que as variantes com as quais direcionamos nossas vidas ontem, abrem perspectivas incomensuráveis hoje, e as bússolas que orientam as nas nossas jornadas dão a dimensão dos princípios que nos norteiam, a paz desfralda suas bandeiras, nos apresenta os caminhos, fazemos as escolhas!
Assim, as nossas esperanças criam um clima propício, os circos vão se recolhendo, as nossas máscaras vão se apondo, esse movimento não afasta as fantasias, todavia espelha com mais ênfase as nossas realidades.
Tudo isso pode ser até singular, fantasioso, quimérico, simplório, sublime, e pode até faltar os adjetivos, mas não pode faltar a perseverança, nem a percepção, e se isso acontecer o ser humano se afasta daquele período onde o Papai Noel, era o mágico, e se aproximava das inferências do nosso Papai Noel, que labuta o ano inteiro, no escopo de serem as respostas, e fazer dos sapatinhos na janela, um emblema. Essas bandeiras são universais, visto que em todas as línguas celebra-se essa felicidade!
No ano de 1818, o padre austríaco Joseph Mohr pediu ao amigo organista Franz Xaver Gruber que compusesse a melodia para um poema escrito por ele dois anos antes, nascia assim Stille Nacht (Silent Night, Noite Feliz).
Naquela noite, Mohr e Gruber, executaram a música pela primeira vez durante o serviço da igreja de São Nicolau em Oberndorf bei Salzburg, na Áustria. Hoje, a canção é quase onipresente no Natal, e suas musicalidades embalam os nossos sonhos em busca de dias e noites felizes, noite de paz!
O padre Joseph Mohr, muito mais do que compor a letra da música, viveu realmente o verdadeiro Espírito do Natal, não só na época em que festejamos efusivamente o nascimento do menino Jesus, e seu exemplo de amor abnegação e doação, em função de todos, e notadamente em acolhida daqueles ditos invisíveis da sociedade, derramava um Natal de alegrias e de solicitudes os 365 dias, fazendo de cada dia, o Natal da solidariedade, compaixão, da misericórdia, da igualdade, da fraternidade, do amor, da compreensão, do carinho, da ajuda mútua, do se colocar verdadeiramente no lugar do outro, etc..., etc..., etc!
O Natal do acolhimento, da paz, vivido na plenitude da comunhão com todos, sem distinções, a ensejar o verdadeiro sentido desse dia memorável, no espelho, Daquele, que veio nos trazer as Boas Novas, e espargir as bênçãos luminíferas da esperança nos nossos corações.
E como explicarmos, uma música e uma letra, compostas em 1818, numa época, em que nem mesmo existia a luz elétrica, desafiando as barreiras do tempo, e chegando até os nossos dias, a nos falar dessa Noite Feliz, noite de paz, onde as pessoas se irmanam.
A não ser, ver nesse Deus de amor, nosso Papai Noel, de todos os dias, nos indicando os caminhos, diante dos sapatinhos que vamos deixando nas janelas da vida.
Albérico Silva