Nada de Goodbye - BVIW
Quando letras viram recordações, o passado é distante, quando viram emoção é presente e quando fazem sorrir, parece futuro. Com elas desenhamos um acordo para o agora. Nem perguntamos se é cedo ou tarde. Elas preenchem o vazio das incertezas, percorrem os perigos dos obstáculos, visitam nossas caras taciturnas, carismáticas, impávidas. Conhecem um pouco dos pés ao coração. Expõem almas, alegrias e solidões.
Como dar férias a elas? Ficaríamos um pouco ao léu? Pipa rebentada ao vento? Seria como ficar sem tomar um sorvete com Cássia, sem ler Marina ou deixar de dar um mergulho no túnel do conhecimento com Gisele? Também perderia as cenas urbanas fotografadas por Jaciara, e perderia as lições de Norma, as poesias dos pincéis de Vanice, os filmes das experiências de Daisy...
E o que dizer das gargalhadas pós filosóficas de Zélia ou das lindas complexidades literárias de Mônica Cordeiro. E o tudo bem, tudo zen meu bem de Djanira que consegue tornar belos até os caminhos tortos? E Mary que sonha mesmo bem casada sendo dona dos goles de uma taça de vinho enquanto letras destilam brilhos. Lu Narbot diria para as letras tocarem piano enquanto ela entra num aeroplano. As demais escritoras entraram em férias faz tempo. MAOM dá um oi com linhas otimistas. Sabemos que as letras melhoram a vida. Dizer Adeus é cronicamente inviável. Um intervalo curtinho, pode ser... disse MLP