América avança ao socialismo de novo

Gabriel Boric venceu no Chile. Um jovem de 35 anos é a esperança de um país marcado por governos de direita nos últimos anos. Vai assumir em 11 de março de 2022. Está se formando uma frente de esquerda, onde já temos Venezuela, Peru, Argentina, Bolívia. Anos atrás as commodities impulsionaram o crescimento com distribuição de renda de muitos países, inclusive o Brasil. Agora temos um continente polarizado. Com operações judicializadas em busca de criminalizar movimentos sociais e lideranças politicas progressistas. Mas pelo menos aqui, o Supremo Tribunal Federal reviu as arbitrariedades da Operação Lava Jato e pode colocar de volta a liderança de Lula ao jogo politico.

Essa força do ex-presidente vem com uma moderação na ação e nos discursos. Basta ver que a busca de um vice como Geraldo Alckmin, que saiu do PSDB e provavelmente vai ao PSB demonstra que não estamos em momento de radicalismos e sim de uma construção de uma verdadeira frente ampla, para combater o fascismo, o negacionismo e também a capitulação dos órgãos federais sequestrados por grupos obscuros que usurpam o poder em beneficio próprio.

Não temos mais tempo de ficar divididos. Devemos voltar a civilidade democrática. Além de termos uma justiça social que devolva aos pobres o direito de também usufruir dos benefícios sociais . O pobre não pode ter apenas o direito de comer e se vestir, mas de viajar, de sonhar de buscar um futuro mais justo.

O sonho de todos é mesmo mais igualdade de oportunidades. Mas um país que sirva seu povo e não um povo que sirva ao país. Mais direitos trabalhistas, mais direitos sociais, a saúde, a educação e dignidade humana. O mundo não pode ser apenas de resorts e mansões. De pessoas com bolsas de 10 mil reais, carros de 1 milhão, navios, ilhas, jatinhos particulares. Mas sim de mais gente com casa própria, com carro, com direito a ir a Disney, Cancun, Paris, Meruoca, Caucaia, o lugar que ela quiser ir, mas que o dinheiro não seja um empecilho para isso.