CARTA DE NATAL AO AMIGO BERNARD.
Sua crônica movimenta a vida/passagem que habitamos. Natal. Se avizinha a festa da Luz, chegada que não foi absorvida na plenitude da consciência
Tantas crianças nascem. Cada uma traz uma esperança de vida; nova. Dois mil anos são nada diante de tudo grandioso ocorrido em outros nascimentos. Por que esse advento se firmou, consolidou-se de forma tão eloquente para o Depois do Nascimento Dele? Antes desse nascimento e depois Dele. Marcos definitivos...
Essa a indagação que se impõe fazer. Muitas outras chegadas antes foram importantes em reflexão, ideias, filosofia, como Buda, Sidarta Gautama, o chamado Padrinho de Cristo, antes Dele nascido, 500 anos.
Por que se traz a Cruz no peito e em tantos lugares simboliza o Grande Nascimento? Por Ele ter dito, secundando seu Pai, Abba, Deus, que veio pela Nova Aliança, recusada, prometer a Vida Eterna?
É bom refletir sobre essa Nova Aliança recusada, e sobre a promesssa que a todos move; a vida eterna.
É esse o grande móvel dos acreditados? Vida, o maior bem protegido pela humanidade em suas leis. Por isso se pretende a vida eterna? Lucrécio, poeta romano teria razão? Deuses e religiões existem por temor à morte?
A vida eterna é um abraço de fé ou temor de morrer? Se quer a vida eterna para não mais morrer? São interrogativos responsais.
Uma “preghiera” fervorosa levanta-se da cidade eterna, de onde se irradia Seu Nome, onde muitos acreditados morreram por crer no martírio da Cruz acontecido para se salvar.
Como se salvar, onde está a Arca da Salvação? Aceitando o que Ele nos concedeu atravessando tantos e exclusivos nascimentos e permanecendo singularmente, SEM NADA ESCREVER COMO LEGADO.
Somente amando, como dito oralmente, e ficando para o resto dos tempos, e se salvando na unidade, pois o Menino Jesus, O Cristo, assim sinalizou.
Rezar, responsos; por sufragar com responsos, e rezar para saber e compreender que não somos nós, mas o próximo amado o sacrário da alma onde está o Jesus que nasce dentro de nós e para nós percebermos a que Ele veio. E isso acontece no Natal com mais força.
Um novo ressurgimento de algo desaparecido.
O mundo antes Dele e depois Dele, com todas as grandes importâncias de outros nascimentos relevantes, continua navegando em egos pessoais, esquecendo «que...a Sua palavra não está em nós» (1 Jo. 1,10), e «Que todos sejam um» (Jo. 17,21).