A escola e ratos.
Não muito distante, senão uns 20 mil anos luz daqui, num planetinha chamado de Ordinário, habitava uma população de ratos que viviam na mais perfeita sujeira e falcatruas que envolvia tudo o que se pudia imaginar,...inclusive os mais diferentes sistemas já estavam feridos por eles. Meio a toda essa ordem de desordem havia um ratinho chamado de Teobaldo. Era especial, não sabia mentir, não sabia enganar, era proativo e resiliente. Na verdade era uma aberração àquele universo, já haviam matriculado-o em várias escolas especiais pra tratar seu problema, mas não obtiveram êxito, e todos o temiam, pois Teobaldo colocavam em risco toda a ratolândia. Seu problema já tinha sido tratado entre neuros, psicólogos e pedagogos, mas nenhum profissional atingiu resultado algum, o problema de Téo era grave e acentuava cada vez mais. Um dia chegaram na família do Teobaldo e propuseram que ele fosse para uma UTI, unidade de tempo integral, uma escola, com dinâmicas e com métodos diferenciados que iria colocar o ratinho nos trilhos e sua síndrome iria sumir.
Logo começou a nova jornada do Teobaldo, animado, iniciou o seu propósito, estudar na UTI; No primeiro dia elencaram e desenharam um mundo maravilhoso, cheio de queijos e muitas qualificações, dentro do universo ratoeiro, contudo o ratinho fez o mapa de seus sonhos, logo imaginou: vou sair daqui diferenciando todos os cheiros, definindo e qualificando-os, vou saber abrir mão dos maus cheiros e questiona-los, além claro de muitas outras habilidades, assim, todos os outros ratinhos também desenharam seus sonhos, virar político e desviar verbas, matar, discriminar, levar vantagem, julgar, ser hipócrita, mentiroso, vigarista e governador, cada um imaginou segundo o mundo que vivia e projetaram o que bem pretendiam, Com o passar dos dias foi-se percebendo que a UTI, naquele mundo de enganação era perfeito, cumpria todos os papéis, a internet sempre estava fora do ar, mas fingiam que estava tudo bem, os professores sobrecarregados, mas sorriam felizes pelos corredores e amavam os gestores que também fingiam que seus alunos estavam exatamente na conformidade que se queria, faltava material didático e o professor comprava e fingia estar tudo bem, as vezes, até simulavam alguns projetos e destacavam, dando a impressão que todos foram maravilhosos, quando na verdade apenas meia dúzia o cumprirá. De quando em quando percebiam que um ratinho dava trabalho transferiam-no, dizendo que sua geolocalização estava errada e ele não pertencia àquela UTI, fingir e não correr o risco do sistema podre ser descoberto, era meta anual,, dessa forma, entre falta de profissionais e tampa buracos com qualquer coisa que fosse, os ratinhos não ficavam ocioso com tanta mentira, passaram-se 3 anos e adivinhem, Teobaldo foi promovido e em seu exame final conseguiu, apesar de descordar, afirmou que tudo era realmente lindo e maravilhoso, Teobaldo aprendeu a mentir, estava pronto para o trabalho, sua síndrome havia sumido tínhamos um verdadeiro cidadão na ratolândia, cumprido seu legítimo papel, o sistema novamente havia vencido