As mentiras do cotidiano

As mentiras do cotidiano

À propósito das FAKE NEWS disseminadas à exaustão, com ênfase nos períodos pré-eleitorais, e que tem a finalidade de, à exemplo das contra-informações de períodos de guerra, confundir o eleitor e aos cidadãos, como assim conseguiam entre os inimigos em combate, criando uma rede de intrigas que hoje fazem um enorme mal à sociedade.

Ninguém mais quer divulgar verdades. Aliás, muitas das verdades hoje incomodam consideravelmente os maus políticos e os péssimos e medíocres governantes.

Assim, amparam-se em enormes estruturas secretas para divulgar inverdades, numa clara e irresponsável forma de tentar perpetuar-se no poder, quer sejam de extrema esquerda ou de extrema direita.

A verdade é uma só: o prejudicado é o cidadão.

Os cidadãos em geral precisam melhor informarem-se, para que não caiam nas armadilhas que lhes são preparadas.

Nenhum país se desenvolveu amparado em mentiras até hoje.

Mas, vendo mentiras sendo ditas aos borbotões, até pelo atual Presidente da República, fui buscar lá na antiga Pérsia de Dario, exemplos de como a verdade naqueles tempos era cultuada de forma extremanente benéfica e por muito tempo naquela civilização, e , como eram efetivamente punidas as mentiras.,

Para tanto, busquei publicações no Wikipédia específicas disso, eis que lembrei-me dos aprendizados quando eu era fanático pelas conquistas de Dario, o Rei dos Persas.

Eis aqui:

"Na Pérsia aquemênida, a mentira, druj, é considerado um pecado capital, punível com a morte em alguns casos extremos. Inscrições em tabuletas descobertas por arqueólogos na década de 1930 no sítio de Persépolis forneceu evidências adequadas sobre o amor e o culto dedicados à verdade durante o período aquemênida. Estas tabuletas contêm o nome de persas comuns, principalmente comerciante e donos de armazéns. De acordo com o professor Stanley Insler da Universidade de Yale, até 72 destes nomes de funcionários públicos e trabalhadores comuns encontrados nestas tabuletas contêm a palavra verdade.[68] Alguns exemplos, segundo Insler, seriam Artapana, "protetor da verdade", Artakama, "amante da verdade", Artamanah, "inclinado à verdade", Artafarnah, "que tem o esplendor da verdade", Artazusta, "que se deleita com a verdade", Artastuna, "pilar da verdade", Artafrida, "prosperando na verdade", e Artahunara, "que tem a nobreza da verdade". Durante seu reinado Dario, o Grande decretou a Ordenança das Boas Normativas, em inscrições cuneiformes, abordando a batalha constante contra a mentira. Esculpida no alto da montanha de Beistum, na estrada para Quermanxá, Dario testemunha:

Eu não fui um seguidor da mentira. Eu não fiz o mal ... De acordo com o bem me comportei. Nem aos fracos nem aos poderosos fiz mal. Ao homem que me ajudou com minha casa, recompensei bem; aquele que me feriu, puni bem.

Dario esteve ocupado com revoltas de grande escala que eclodiram por todo o império. Após derrotar com sucesso nove traidores em um ano, Dario registrou suas batalhas contra eles para a posteridade, contanto como teria sido a mentira que fizera com que eles se rebelassem contra o império. Em Beistum, ele diz:

Derrotei e aprisionei nove reinos. Um tinha o nome de Gaumata, um mago; ele mentiu, assim dizendo: sou Esmérdis, filho de Ciro...Um, de nome Acina, um elamita, mentiu, dizendo assim: : sou rei de Elão... Outro, Nidintu-Bel de nome, um babilônio; ele mentiu, dizendo assim: sou Nabucodonosor, filho de Nabonido.

Dario então afirma que teria lhes dito:

A mentira lhes fez rebeldes, e fez com que enganassem o povo.

Dario deixa então um conselho ao seu filho, Xerxes I, que iria sucedê-lo como grande rei:

Tu serás rei de agora em diante, proteja-te vigorosamente da Mentira; o homem que for um seguidor da mentira, puna-o bem, se assim achar apropriado. Que meu país esteja seguro!"

MARCO ANTONIO PEREIRA
Enviado por MARCO ANTONIO PEREIRA em 14/12/2021
Reeditado em 14/12/2021
Código do texto: T7407037
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