Ser ou não ser escritor ? Eis a questão.
Lembro-me do meu primeiro texto, uma cena de uma das minhas histórias, algo que não foi obrigado pelo colégio. Por que eu fiz isso aos treze anos de idade ? Porque eu estava cansada de ver as narrativas dos livros tomarem um rumo que eu não queria.
A afirmação de que ser um escritor é bom, pois com a sua imaginação é capaz de criar inúmeros mundos e pessoas é clichê, mas é a verdade. É uma sensação indescritível.
O ser humano é egocêntrico e individualista, então o que é melhor do que ser dono de um mundo (ou universo) onde você controla tudo e decide o rumo de todas as pessoas ? Certo que o crítico francês Roland Barthes não concordaria com isso, mas a discussão sobre a morte do autor merece outra crônica.
Mesmo assim, escrever é um trabalho árduo. Você nunca fica satisfeito com o que escrever. Sempre acha que uma palavra específica não está bem colocada para determinar a sonoridade esperada ou o nome de determinado personagem lhe dá agonia e você fica horas pesquisando diversos nomes de diversas nacionalidades até encontrar algum que lhe agrade. Mas no final, não há sensação melhor do que olhar para o seu texto, depois de rabiscar e apagar tantas vezes, finalmente finalizado, isso, é indiscutível,
São tantas adversidades enfrentadas que você fica se perguntando: Ser ou não ser escritor ? Eis a questão.
Acho que é uma pergunta muito grande para se discutir em uma crônica, assim como falar sobre cada problema e estresse que um escritor enfrenta para escrever apenas uma página. Acho que já deu para entender sobre o nosso ócio e sei que não estou sozinha ao falar sobre isso.