"Lacração" e "Cancelamento" - As palavras (e atitudes) novas das mídias sociais

Já ouviu falar nessas palavras? Lacração? Cancelamento?

São as palavras mais modernas da internet. Atuais...

De quem usa as mídias sociais.

Sabe o que significam?

Mais que palavras, são atitudes atuais...

Que nada mais são que a censura!

A "tal" censura que muitos dizem temer...

Seja de quem for, seja do governo, sejam as pessoas... censura é tolher, reprimir, criticar, julgar a opinião das pessoas!

É tirar a espontaneidade!

É repressão!

E como repressão, algo ruim! Nocivo!

Agressivo!

Até violento!

Pois interfere diretamente na liberdade de expressão, uma das garantias constitucionais.

E uma forma de controle no que as pessoas pensam e expressam!

Podem até tolher o que escrevem ou falam... mas conseguem fazer uma mudança de pensamento? Claro que não!

As pessoas deixarem de expressar o que sentem, não significa que mudaram de ideia sobre certos assuntos.

Essa lacração também se configura como uma questão de falta de respeito!

Você não concorda com o que a pessoa expressa? Sente? Fala? Escreve?

O que fazer?

Não siga mais! Não leia seus textos!

Não precisa ofender e fazer uma campanha (agora é mundial, pela globalização da informação através da internet)!

Lacração e cancelamento significa isso!

E nos dias de hoje, tão fanatizados, polemizados, polarizados... esse cancelamento ou lacração passou a ser uma arma!

Em função disso, percebo principalmente nas pessoas públicas, o medo de se posicionarem sobre qualquer assunto!

Ficam em cima do mudo, com medo de serem cancelados!

De perderem "likes"!

O que as pessoas estão mais procurando hoje?

Seguidores! Likes!

...

O mundo anda complexo.

Perdido na sua arrogância, orgulho, vaidade e no seu ego enorme.

Que está levando o mundo a um separatismo sem precedentes.

Através de um vitimismo sem medida, tudo se torna agressão!

Como esse cancelamento ou lacração!

E isso está atiçando a intolerância através de uma radicalização.

Através dessa intolerância, radicalismo, fanatismos afloram.

E desavisados entram na onda hipócrita do "politicamente correto" e fomentam a disputa.

Começa então uma censura sem limites nos meios de comunicação.

Uma caça as bruxas.

Começamos a ter medo do nos expressar, de sermos espontâneos, com medo dessa censura agressiva.

Que lacra, cancela e espalha aos quatro cantos do mundo.

Mesmo sem um julgamento formal, pela "viralização" de uma acusação, o mundo já crítica, julga e pune.

E executa!

Sem chances de defesa!

E se a pessoa provar o contrário da perseguição da internet, o dano já foi causado.

Quem se responsabiliza por isso? Quem paga por falsa acusação de crime, calúnia, injúria ou difamação, hã???

Fato que o mundo está sem medida...

Está tenso, nervoso, briguento...

Tudo gera crise e desgaste.

E as mídias poderosas colaboram.

De novo repito, estamos ficando com medo de pensar, falar, escrever... pois tudo pode e será distorcido.

Quer ver um exemplo fácil do que venho sinalizando?

Estou transitando na rua com meu carro, indo para o serviço e paro no farol, semáforo, sinaleiro (como queira) e uma pessoa bate na minha traseira com força, sinto dor no pescoço, abriu o Air Bag e provocou danos enormes no meu veículo.

Claro que não há como não ficar nervoso.

Você desce do carro e a pessoa não reconhece a culpa dela (que bateu atrás com o semáforo fechado no seu carro parado...).

E você obviamente, humano que é, se irrita... e no calor da coisa, nervoso, xinga o motorista que provocou a colisão.

O que acontece?

Hoje em dia, isso acontece;

- Se o motorista causador for negro, ele vai te acusar de racismo ...

- Se for pobre, vai te acusar de capitalista, consumista e ostentador...

- Se for gay (sexo masculino ou feminino), é homofobia...

- Se for mulher, vai te acusar de machismo ou misoginia...

- Se tiver um adesivo muçulmano no carro, vão te chamar de terrorista...

- Se tem um adesivo do Bolsonaro, vão te acusar de racismo, homofobia, misoginia, racismo, etc .

- Se for branco e hetero, o que é? Nada...

É uma discussão de trânsito.

E a lei vai determinar que foi culpado. Ponto.

A discussão deles? Sabem que estavam nervosos pelo acidente e os xingamentos não eram ofensas pessoais.

Era o estresse da situação.

E nada mais se fala.

Onde está o equilíbrio? A justiça?

Resumo da ópera:

Se despedir um negro, é racismo.

Se despedir uma mulher, é machismo! E misoginia.

Se despedir um obeso, é bullying, preconceito.

Se despedir um gay, homofobia.

Se despedir um branco?

Nada... Incompetência.

Cortes na empresa.

Só reflitam nós exemplos que dei.

O que isso tudo gera?

Sensação de separatismo...

Pois quem um dia foi acusado, hoje é acusador.

Com muito ódio.

Não, nessa atitude não existe equilíbrio!

Nem justiça!

O radicalismo, intolerância e agressividade dos grupos que já sofreram, gera separatismo.

Não união, como necessitamos.

A ação desses grupos não é de amor, compreensão, acolhimento, solidariedade... é de ódio.

E revanchismo.

A psicologia sinaliza... Aquele que se faz de coitado não assume as rédeas da sua vida.

Culpa os outros somente e não assume responsabilidade.

É sempre vítima! Nunca dono ou protagonista da sua vida!

Reflitam sobre o que sinalizei.

Eu não nego o racismo, a homofobia, o preconceito, o machismo (com sua decorrente violência contra a mulher ou doméstica), etc.

São aspectos sérios da humanidade que sim, devem ser combatidos com uma lei séria, específica e rigorosa.

Não nego essas infelizes ocorrências e sua desumanidade.

Mas fato é que: nem tudo é racismo, bullying, machismo, homofobia e por aí vai.

Como no exemplo do acidente de trânsito.

Estou com medo de me expressar... e viver nesse mundo!

Estou preocupado com o que esse radicalismo possa decorrer.

Não te parece uma guerra iminente?

Que começa com uma simples "lacração" nas mídias sociais.

Definitivamente, tempos difíceis.

Pois ódio é o pior vírus da humanidade.

A cura?

O amor!

Acolhimento!

Solidariedade!

Respeito!

Somos um. Uma raça!

A raça humana!

Isso basta!

Viva e respeite toda a diversidade.

Comece respeitando a opinião do outro, seus gostos pessoais, sua religião ou espiritualidade e por aí vai.

Pode não gostar ou não concordar.

É permitido!

Só não é permitido agredir, ofender, desrespeitar...

Precisamos urgentemente de amor e compreensão.

Pararmos de criticar.

De julgar.

De querer mandar na vida alheia.

Vamos cuidar da nossa!

Já é tão complexo!

Gente, podemos sim, mudar o mundo.

Com amor, por amor e através do amor.

E da não violência.

Através da Comunicação Não Violenta.

Vamos lembrar das palavras de Mahatma Gandhi, que dizia que para mudarmos o mundo, deveríamos primeiro mudar nosso mundo. Nossa forma de agir e pensar.

Nós podemos amar uns aos outros. Com todas as diferenças.

Através do respeito.

Pois o respeito de verdade é a coisa mais inclusiva que existe!

Que tal?

Vem comigo?

Vamos mudar esse mundo cheio de ódio?

Então comecemos por nós!

Que tal pedir perdão?

Que tal dizer eu te amo?

Eu te compreendo?

Te aceito como é...

Só isso que precisamos.

...

Ao ler meu próprio texto antes de publicar, me ocorreu algo...

Ainda em decorrência do atual índice de vitimismo das pessoas.

Tenho a impressão que as pessoas estão dando importância demais ao que os outros pensam.

Falam. Escrevem.

E se ofendendo demais.

Estão muito sensíveis.

Estão aceitando demais as "ofensas".

Acho que elas precisam ouvir mais, ler mais e conhecer a filosofia do Leandro Karnal, famoso professor e palestrante.

Ele fala sobre a ofensa!

Que só é ruim realmente se deixamos a ofensa nos agredir.

Ele fala até de um exemplo próprio!

O chamaram numa certa vez de "careca, filho da p...".

Ele conta: bom, eu realmente não tenho cabelo, sou careca... porque me ofender?

E se eu não fosse careca e ele me chamasse de careca?

Eu pensaria: não sou careca e pronto!

Em relação à Pretensa ofensa à minha mãe, a chamando de mulher profissional do sexo, a p... da ofensa.

Minha mãe nunca se prestou a essa profissão. Por que vou me ofender! Ligar para isso? Me importar?

E se ela fosse realmente? De verdade uma profissional do sexo?

Vou me ofender se é verdade?

O que reforça a tese que os egos estão aflorados!

As pessoas dando muita importância ao que os outros pensam! Ou falam?

Pergunta: dá para agradar a todo mundo? NÃO!!!!!

Nem Jesus Cristo conseguiu!

Então para nos protegermos das ofensas, ou dos pensamentos e palavras dos outros que ofendem... não se importem!

Não levem a sério!

Aí para terminar, vou parafrasear o Pastor Claudio Duarte, famoso também nas mídias sociais.

Ele diz que segundo sua fé, segundo sua bíblia, devemos amar a todos, certo?

Sem distinção!

Amar ao próximo, como a si mesmo!

Ele diz então, que ama todo ser humano!

O respeitando!

Aceitando como ele é!

Mas mesmo amando a todo ser humano, ele não gosta de todos!

Não se sente obrigado a gostar de todos!

Pois aquele que o ofende, ele não gosta!

Aquele que quer ferir sua família, ele não gosta!

Há motivos para gostarmos e não gostarmos das pessoas que amamos!

Então o que fazer?

Apesar de amar todo ser humano, a gente se afasta daquele que nos é nocivo!

E pronto!

Que tal então, a gente simplesmente se afastar de quem nos faz mal?

Não ligar para suas palavras?

Não levar em consideração a tal ofensa...

Não era o que Cristo quis dizer com "dar a outra face"?

Com a não agressão, a guerra, a discórdia não prossegue, percebem?

Que tal?

E lógico, praticarmos uma escuta amorosa e inteligente.

Se a pessoa me ofendeu, ela está sofrendo, conflitada... ela tem problema, não eu!

E com esse amor, podemos sim, impedir essa guerra de egos!

Pois só o orgulhoso, o vaidoso se ofende!

Só se ofende quem tem ego exacerbado!

Deixa para lá...

Minha mãe me falava quando eu era criança e vinha reclamar que tinham me xingado, e me dava essa sugestão:

- Quando alguém te xingar, faça como quando passa num portão e o cachorro late bravo para você! Você vai brigar com o cachorro? Vai latir para ele? Vai discutir? Não liga e continua seu caminho...

Simples assim!

Maurício Franchi (Veeresh Prem Das)