Acredite sempre no som dos seus olhos,
na quietude da sua alma,
no berrar do seu suor.
Acredite sempre nas trincheiras do seu querer-bem,
nos vão dos seus medos,
no eco da sua voz.
Acredite sempre nas asperezas da sua solidão,
nas rebarbas da sua fé,
nos guizos do seu sonhar.
Acredite sempre no dorso da sua angústia,
no tempero das suas dúvidas,
nas rédeas da sua paixão.
Acredite sempre nos versos do seu perdoar,
nas varandas da sua insensatez,
nas cicatrizes do seu caminhar.
Acredite sempre nas nuvens do seu encantar,
no sangue do seu sofrer,
nas pétalas do seu criar.
Acredite sempre no sangue da sua dor,
nas vísceras do seu esquecer,
no útero do seu amar.