Coisas de criança

Antes de terminar o curso de Direito eu passei por passei por algumas faculdades devido ao desemprego, locomoção entre outros, sabemos que tudo tem um custo na vida.

A segunda faculdade que passei, a maioria das pessoas eram competitivas e suas mazelas eram maiores que as qualidades, beirando animosidade coisa que eu recém chegada de Fortaleza sendo soteropolitana tomei um baque, ao descobrir com meu olhar crítico como somos de verdade, mas um dos meus sonhos era cursar uma faculdade em Salvador, minha cidade natal.

Eu chegava cedo, geralmente era a primeira pois ia caminhando a faculdade ficava perto de onde moro, a sala ficava muito cheia e faltavam cadeiras chegar cedo me dava esta vantagem, logo em seguida chegava outro colega sempre nesta ordem.

Na minha turma existia um colega que se achava, era industriário, dizia que sua atual esposa cursava psicologia, era só arrogância e prepotência, certo dia ele necessitou chegar cedo pra resolver problemas burocráticos na secretária da instituição, ele chegou acompanhado de uma criança que aparentava ter entre dois a três anos de idade.

O outro colega era amigo do pai do garotinho como ele mal me conhecia deixou o menino com o colega, dai vem a parte engraçada e a questão abaixo:

Quem consegue segurar a espontaneidade de uma criança?

O garotinho, começou a soltar o verbo dialogando com o colega em alto e bom som. Esse homem não é meu pai não, ele vive com minha mãe, mora lá em casa, mas ele é pai do meu irmãozinho e eu não gosto dele.

Eu e o colega começamos a rir. Uau que revelação!

Quem diria?

O colega assim que o "pai" da criança chegou disparou tudo que o gurizinho disse em forma de gozação e chacota.

Deste dia em diante, o colega, toda vez que o pai da criança começava com toda arrogância disparava o gatilho imitando o garotinho dizendo, esse homem não é meu pai, e seguia repetindo todo o discurso.

É vivendo e aprendendo!