FOI ASSIM ... Capítulo VII

CAPÍTULO VII

A família aumenta

De repente a família teve um acréscimo de quatro pessoas: minha sogra e minhas três cunhadas. Não tivemos aqueles problemas normais de convivência, minha sogra fazia o que podia para incomodar o menos possível. Com o aumento das despesas, passei a trabalhar nas horas de folga em dois bicos que surgiram quando mais eu precisava. Um ano depois, Enide, a mais velha das cunhadas, se recuperou de alguns problemas de saúde e conseguiu um emprego como telefonista. A esta altura eu já havia convencido minha sogra a solicitar a pensão a que tinha direito, e com isto, e mais o salário de Enide, conseguiram alugar uma casa. As coisas ficaram mais fáceis para todos.

Naqueles anos estava ocorrendo um grande movimento do governo em favor da aquisição da casa própria, e minha sogra, através do serviço social da igreja, conseguiu fazer a inscrição no programa e foi selecionada. Recebeu uma casa num ótimo local, onde permaneceu até os últimos dias de sua vida, e viveu para ver suas três filhas casadas. Enide, a mais velha, casou com um antigo patrão e veio morar em Natal. Graça, a filha do meio, casou com um natalense e também veio depois. Apenas Fátima, a filha mais nova, casou e permanece até hoje na Paraíba. A vida seguiu o seu curso. Vieram os filhos, veio a minha aposentadoria, e depois de dez anos dela, resolvemos vir morar em Natal, onde já se encontrava a maior parte da família, e onde me encontro até hoje.

Uma vida é cheia de acontecimentos diários que é quase impossível detalhar. Neste meio tempo voltei a estudar, passei no vestibular, desisti dos estudos pela enésima vez, fui santo, fui cafajeste algumas vezes, participei de um coral, etc. etc. etc., e agora, aos 8.5, vivo a minha melhor fase: tenho o amor e o respeito da esposa e dos filhos, e ...virei poeta! Vivo no melhor dos mundos, o MUNDO DA LUA.

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 09/12/2021
Reeditado em 09/12/2021
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