ESPANHOLA
Hoje li uma crônica de um poeta chamado Tristão, onde ele falava da caneta e do wisky.
Lembrei o quanto eu não bebo e o quanto gosto de me sentir no controle.
Acredito que ao bebericar, a sensação de voar, de não ter os pés no chão,
de rir de coisas banais, me fizeram deixar o copo de lado e não conseguir beber nada com álcool.
Entre aspas, resolvi experimentar uma bebidinha.
Uma batidinha.
Era com vinho, com abacaxi.
Acreditei que não faria mal.
Pedi então uma 'espanhola'' que veio numa cor maravilhosa,
num copo esplendoroso e com um aroma, um sabor magnífico.
Não havia álcool ali.
Eu jurava que não.
Então foram uma, duas, três espanholas e quando dei por mim,
eu estava voando, me sentia borboleta,
beijava as flores, sorria, estava livre, leve, solta.
Foi um momento magnífico que não retornará tão cedo,
pois o medo de perder o controle
é maior que a vontade de ter esta sensação deliciosa novamente.