"Vivendo e achando bom"
Entre os 17 e 28 anos de idade, vivi no Distrito de Barreiras, município de Petrolandia, uma colônia agrícola, pioneira na agricultura irrigada, a partir do surgimento do INIC, Instituto de Imigração e Colonização, ainda no governo Getúlio Vargas, cujo ministro da Agricultura era Apolônio Sales.
À margem esquerda do São Francisco, o Núcleo Colonial significava a presença do governo federal naquela região sertaneja. E foi ali onde ingressei no serviço público. Um colega, não de profissão, mas de empresa, costumava responder com a frase do título, sempre que a gente o cumprimentava e perguntava: tudo bem?
Sorridente, sempre de alto astral, não deixava de repetir: "vivendo e achando bom". 50 anos depois de ter deixado aquele sertão, perigrinando por Sergipe e Alagoas, e agora morando em Maceió, não deixo de seguir aquela filosofia do meu colega sertanejo; "vivendo e achando bom."