O QUE FAZES DE TUA VIDA?

                        O que realmente estais fazendo de sua vida? Talvez seja esta uma das poucas perguntas que as pessoas hoje estão fazendo! Parar para pensar não só na própria existência, mas o que se faz enquanto existe, seja o mais difícil de fazer. A questão não é a necessidade de saber, a questão é como suas necessidades enquanto pessoa está tendo a atenção que precisa. A maioria dos mortais passa pela vida sem, no entanto vivê-la realmente. Sonhos, planejamentos, realizações e aspirações ficam no campo do “um dia”... E esse dia nunca chega, não se concretiza, é um eterno futuro! Talvez sim, mas o presente é que é o momento das realizações, é nele que se faz, o futuro é uma intenção. Mesmo que você diga que podemos viver o futuro, é agora que você está afirmando, não amanhã ou depois.

                        Esta pergunta é claro, só poderá ser respondida por você evidentemente. A resposta talvez você não a tenha no momento, mas, se parar para pensar possa assim fazê-lo de uma forma nunca antes feita. Alguns podem dizer estou muito bem obrigado, outros, que estão vivendo, sobrevivendo aos tempos presentes e isto já basta. Entretanto, não é bem isto que se espera ter sido compreendido com a pergunta inicial. Não é como você está vivendo sua existência, é o que estais fazendo com ela. As importâncias atribuídas por você em relação ao que se faz ou deixa de fazer. O que realmente conta, como por exemplo, seus interesses em permanecer assim, a busca por fazer o melhor por si e contribuir com a felicidade do outro! Alguém já falou que o homem não é uma ilha, isolado, sozinho! Embora as ilhas guardem seus encantamentos escondidos, acredito que ele exista para ser continente, agregador, aglutinador, vivedor, no mínimo em pares, mesmo que isto signifique agregar dor, aglutinar dor, viver dor, porque a dor que faz parte do viver é contradita pelo amor!

                        Provavelmente se olharmos nossa existência com os olhos desse sentimento, saberíamos responder esta questão sem nenhum embargo. Sentiríamos que a dor do outro faz parte de nossa dor também, que estamos no outro assim como o outro somos nós, juntos, dividindo os pesares, conciliando as divisões de forma que somos apenas um. O ser humano é um ser especial, mas, necessita ainda de um amadurecimento afetivo, atitudinal e acima de tudo comportamental. Ter consciência plena do que se está a fazer da vida é mais do que se estar no mundo! É buscar encontrar um sentido para si, é encontrar este sentido também no outro, afinal, um continente possui suas belezas na medida em que as possibilidades de conhecê-las são expandidas para o encantamento dos olhos e da alma de um viajante explorador da felicidade, mesmo que para isso ele precise explorar a dor, uma condição para sua maturidade enquanto estiver embarcado nesta maravilhosa viagem chamada vida!