Novo Ministro do STF, Terrivelmente Evangélico
Num Estado Laico, o fato de o Presidente ter usado a expressão "Terrivelmente Evangélico" a sabatina no Senado não só foi colocada em "Banho Maria, por 4 meses, como também dificultou ao sabatinado justificar a laicidade do Estado. Entretanto, com muita habilidade, disse: "na vida a Bíblia, no STF a Constituição."
A própria relatora, mesmo sendo evangélica, parecia torcer contra sua aprovação, por ser uma ferrenha oposicionista ao Presidente, claramente demonstrado por ocasião da CPI. Mas, após sua aprovação por 47 a 32, o acompanhou até a sua primeira manifestação à imprensa, dando a entender que comungava com sua vitória.
Considerando os requisitos básicos, "conduta ilibada e notório saber jurídico", um senador reconheceu que seria desonesto negar essas suas qualidades, pelo rico currículo já comprovado, mas votaria contra por outras razões, alegando algumas falhas de quando exerceu o cargo de Ministro da Justiça, no Governo Bolsonaro, de quem ele também é "Terrivelmente contra."
E o sabatinado, muito habilidoso, jamais refutava as críticas, chegando a elogiar quem o atacava.
No final, mais uma frase, que retroagiu à chegada do homem à lua: "um passo para o homem e um salto para os evangélicos".
Isto numa metáfora para sua chegada ao STF.