O Jurídico e o Real
Assim como no Programa Liberdade de Opinião da CNN, onde sobre o mesmo tema há dois debatedores de correntes diferentes, a interpretação do jurídico e do real sempre traz opiniões contrárias. Vai ser um prato cheio para os adversários de Lula por ocasião do debate eleitoral. Qualquer um deles vai esclarecer ao público o significado de competência de foro e absolvição de culpa. O que o STF deixou claro foi que o processo de Lula deve ser julgado em Brasília e não em Curitiba. Não significa que o inocentou, apenas transferiu o local do julgamento. Ou seja, o respectivo foro adequado para a continuidade do processo. No jurídico, ganhou tempo. No real nada apagou. Mas, na hipótese de ser eleito Presidente, mesmo com todas as flechadas dos adversários, podem esquecer a continuidade do processo. Passa-se para o foro engavetador.
Ora, não é exatamente sobre isso que se queixam os antibolsonaristas pelos inúmeros pedidos de impeachment que estão retidos na Câmara?
Uma coisa é o jurídico, a outra é o real. Então, que se rebolem e cheguem também ao Palácio do Planalto, cujo caminho é o voto.