A antifragilidade - pensamento do vencedor!
Nesses tempos contemporâneos de mudanças velozes e contínuas muito se fala sobre o termo conhecido como resiliência. Uma expressão oriunda da física, que passou a ser empregada na administração pública bem como no ambiente empresarial. Contudo a sua prática ainda é pouco explorada no que tange a vivência e convivência humana. Deveras que resiliência se refere àquilo ou a quem sofre pressão e ainda assim tem predisposição para retornar ao seu estado original. Certa feita, o pensador alemão, Friedrich Nietzsche, afirmou que “o que não te mata, te torna mais forte”. Vale dizer que há pelo menos duas situações que podemos tratar antes de chegarmos ao estado resiliente, que são o estado frágil, que se rompe facilmente ou se coloca como vítima perante a situação e não dispõe de características para retornar ao estado inicial. E o estado resistente que tendo sofrido pressão, se conserva rígido e inflexível.
O ser resiliente é a evolução dos últimos dois elementos tratados no parágrafo anterior. Todavia há uma característica que está um passo a frente da resiliência que é a antifragilidade. Isso quer dizer que ser antifrágil é antes de tudo dispor das características do ser resiliente, porém com um ingrediente a mais. O antifrágil ainda que tenha sofrido pressão, ao invés de retornar ao estado anterior, se faz ainda mais forte perante as adversidades e continua em frente até atingir seu objetivo. Confúcio, pensador chinês, ilustra bem esse entendimento, quando nos instrui que “você não pode mudar o evento, mas pode ajustar as velas do barco para chegar aonde quer”. É interessante pensar que nem todos nós estamos preparados para receber um não em nosso diário. Ou ainda pensamos ter fracassado, quando perdemos uma batalha. No entanto o fracasso muitas vezes está em não tentar novamente, em desistir, quando mesmo já estávamos próximos à reta final. Para Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, “jamais há perdas, isto é, nas batalhas diárias ou vencemos ou aprendemos”.
Concebemos então que o erro faz parte do acerto. Se hoje as coisas não deram certo, a experiência ficou como grande legado para um amanhã melhor. O que não podemos é viver com síndrome de perfeccionismo e pensar que faremos algo quando formos perfeitos. A perfeição, na verdade, não existe no mundo humano. E por isso o General do Exército americano, George Patton, nos orienta que “é melhor o feito imperfeito, do que o perfeito não feito”. A nossa disposição para a aprendizagem deve ser contínua. Estejamos preparados para a tríade – aprender, desaprender e reaprender. A sapiência da Bíblia Sagrada em 2 Coríntios, 12-10, nos remete a que “quando estou fraco é que então eu sou forte”. É aí que a dor se transforma em força! Todo e qualquer problema pode vir acompanhado de oportunidades! Por conseguinte como no provérbio popular “do limão se pode fazer uma ótima limonada”. Em tudo há uma lição e um exercício. Não foi sem razão que o ator Sylvester Stallone, no filme Ricky Balboa expressa que “não importa o quanto você, bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. O quanto pode suportar e seguir em frente. É assim que se ganha.” Com esse pensamento é sensato compreendermos que a vitória cada vez mais se faz próxima e presente. Continuemos firmes, fortes e em frente!