POLITICA TÃO NECESSÁRIA, MAS NOJENTA

Tamanha a decadência política no Brasil, quanto mais dela se fala, maior é nossa indignação, ao mesmo tempo que é tão necessária é desprezível. Em cada período que ela acontece, os mesmos atos de engodo e falta de pudor e vergonha, movem os mesmos conchavos, e pior que isso, está sempre nas mãos dos mesmos. Contudo, temos que concordar com um político que em certa ocasião, quando na plateia de notáveis, muita reclamação havia quanto a má atuação dos políticos e que isso não ajudaria nunca, e daí veio a resposta: “na política só pode fazendo política”. Por outro lado, ouvi de um pensador a seguinte frase: “se nada muda, nada muda”. Será que um dia isso vai mudar? Daqui a pouco começam as propagandas em rádios e televisões – um desperdício, um nojo – as caras deslavadas com largos sorrisos vão aparecer nas telinhas, será que alguém toleraria tamanho desprazer? Querendo ou não, me surge outro jargão: “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Logo, para onde iremos nós brasileiros neste tempo de politicagem, quando, fartos de tantos jargões, lembramos de mais um, há muito tempo cantado em letras que marcaram a vida política, quando nem tanto era conhecida, Bezerra da Silva cantou: “se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão”, parecia que era somente um protesto isolado, tantos anos se passaram, e quando não acreditávamos, agora não tempos dúvida – que triste sina de nossa gente, quando nada muda, não tendo para onde correr. Política, tão necessária, mas nojenta. Sendo assim, não podendo desistir, se somos brasileiros e amamos nossa terra, temos que virar o jogo. Se é fazendo política que havemos de lutar, então vamos deixar o nosso casulo, colocar a cara a tapa e fazer mudar, porque esta é a nossa saída. O que não é correto é cruzar os braços nesta hora em que inimigos de todos os lados permanecem às espreitas – uns querendo roubar a nossa Amazônia, outros querendo o nosso nióbio, e tantos outros que nos tem roubado a nossa diversidade anos à fio, quando permanecendo às escondidas, tutelados por outros ladrões, a tanto tempo nos roubando nosso ouro, madeira, etc., mas que nunca se contentaram com pouco e agora estão querendo tudo. Não cantamos: “ou ficar a Pátria livre ou morrer pelo Brasil”? Se estamos morrendo de raiva, se nossa esperança está morrendo, ou, se é para morrer de qualquer coisa, que seja alguma coisa honrosa que marque a nossa história como corajosos amantes de nossa terra, mas nunca numa trincheira acovardados vivos derrotados por falta de amor à Pátria, à família, filhos e netos. Uma vez sendo necessário, lutemos por perfumar a nossa terra, aprender a respeitar a Constituição, restabelecer o Direito do cidadão, caminhar por uma vida melhor. Oxalá seja assim!

25-11-2021