Sentimentos e emoções

Ao falarmos do amor, simplesmente usamos palavras belas, amáveis e quase pintamos estrelinhas e coraçõezinhos coloridos.

Ao falarmos do bom, nos referimos a algo palpável que nos transmite sensações leves, como brumas no deserto, que não ferem e somente nos arrefece.

A liberdade é palavra ampla, e a usamos para identificar atitudes corajosas, igual o imaginário de abrir os braços na beira do abismo, só para sentirmos o vento nos dominando.

Ao nos sujeitarmos a alguém, em detrimento da liberdade, não é a falta do livre arbítrio, mas sim porque a emoção resultante desse sentimento nos satisfaz, naquele momento.

Para cada um desses sentimentos, aflorados no ser humano, seja ele forte ou fraco, de personalidade abnegada ou egoísta, sempre resultará em emoções limítrofes, de acordo com o momento de cada um e sua percepção.

Se nos deparamos com o ódio é porque já vivenciamos o amor e a falta dele gerará o sentimento contrário, mesmo que o protagonista seja o mesmo.

A linha é tênue, os sentimentos contraditórios e as emoções advindas do momento real dão existência ao inusitado e muitas vezes, fantasiado.

Rotular uma pessoa em boa ou má, observando somente o momento, é apagar a linha, é torná-la um ser impessoal e só.

Jaine G. Scheffer