LORENA

Lorena é uma cidade de porte regular, fica perto de Aparecida do Norte às margens da via Dutra, bem no meio do percurso entre São Paulo e Rio. Nesta cidade de aspectos singulares, eu decidi edificar uma raiz que me servisse de referência como moradia, pelo fato de viajar muito, além de mudar de emprego a cada cinco anos em média, para evitar a absolessência.

Em novembro de 1978, estando de férias nesta cidade, fui surpreendido com a flecha do cupido. Conheci minha futura esposa, quando a mesma acampava com mais duas colegas no Camping, próximo ao clube dos 500, que fica entre Lorena e Guaratinguetá. Quando a vi pela primeira vez, já sabia que nosso destino estava escrito, não lhe disse nada, mas quando fui apresenta-la para minha mãe, já o fiz como sendo sua nora. Como residíamos em São Paulo, nos encontramos posteriormente com certa freqüência. Cada vez que nos encontrávamos, eu pensava em como lhe dizer que iríamos nos casar, mas não era uma tarefa fácil, apesar de lhe sugerir com certa delicadeza. Um dia, ela me perguntou por que sendo um poeta, ainda não lhe compunha uma poesia, e lembrei que esta era uma forma de lhe dizer que tínhamos nascidos um para o outro irreversivelmente, então o fiz, e um ano depois nos casamos.