Pitanguapos pos-pandêmicos...?

O encontro de 11 de novembro corrente foi histórico, feérico...Aconteceu no Quintal do Rafael, do Prado, palco de algumas edições anteriores na conhecida e consagrada itinerância do Grupo Amigos de Pitangui. E a despeito das espaçosas instalações, o Quintal ficou pequeno e ruidoso, mas sempre aconchegante, para tanto afluxo de público. E se a conversa, o cochicho e o sussurro se viram pouco expressivos, abafados, as expressões fisionômicas e gestuais dos presentes - que segundo estimativa preliminar do inefável Bécaud, contava mais de meia centena, fato inédito para encontros mensais na capital mineira - pareciam compensar largamente, com todo mundo exibindo cara de felicidade.

E eu lhes confesso que a despeito dessa impressão inicial - e duradoura, inobstante - eu já andava meio desacorçoado para compor este textículo a respeito do evento, por haver permanecido muito pouco tempo no local, tomando cerveja analcoólica e filando uma saborosa língua que o impagável Mateus Ribeiro, filho do sempre saudoso Fifi, generosamente me oferecia...E olhem que nem no Maxim´s , de Paris, cheguei a degustar tão deliciosa iguaria. Aliás, devo aqui humildemente admitir que o cardápio do referido restaurante francês de que disponho, onde consta Langue de Boeuf, é lembrança tão-somente de uma amiga que identifico apenas pelas consoantes, para evitar exposição não-autorizada, e um processo milionário: D N Z ...L

Mas o ponta-pé para que eu retomasse o teclado desta minha duradoura Remington - 1947, que pertenceu ao nobre alistador conterrâneo, embora não-parente, José Miranda, o Zé Esperto, partiu do amigo radialista e cerimonialista J L Pxt que reencontrei casualmente numa manhã de domingo do Supermercado BH, nesta Velha Serrana. Na verdade, esse reencontro foi propiciado pelo velocista e músico nas horas vagas, Altair Patesko que, já da fila do caixa, revelou-me o refúgio temporário do Peixotíssimo, na gôndola dos vinhos importados... E o Pxt, responsável indireto pelo meu primeiro gol - primeiro e ante-penúltimo, vale frisar - no Estádio Iraci Severino, campo do glorioso CAP, ainda não-gramado, então, garantiu-me uma coisa, que repito aqui, textualmente:

- Para aquele seu gol eu dei as costas, e o balão, desviado, pegou o arqueiro Pedro Paulo no contrapé, mas agora eu lhe asseguro, se você fizer essa crônica do encontro novembrino, eu vou ler sim...

Trato feito, eu respondi, mas vim cozinhando a Raposa até que, de repente, Monsieur Bécaud já anuncia data e local para o mega-encontro de dezembro, nesta nossa tricentenária Velha Serrana, e assim, vejo que o tempo ficou curto...mas eu queria incluir uma nota auspiciosa sobre o Galo que parece ressurgir e esticar a mão para a taça do Brasileirão, após meio século de fila...E justamente há poucas horas, em empate heróico contra o Palmeiras, em São Paulo, o CAMpeão logrou manter a distância de oito pontos do FLA...gelo, a quatro rodadas do fim dos tempos... Façam as projeções, as promessas e os despachos...

E agora sobra pouco espaço, apesar da noite ser uma criança sonolenta, para falar do encontro do Quintal do Prado. Memorável sobre todos os aspectos. O cálculo de presenças superou certamente as estimativas do Bécaud. O Presidente Machado, com pompa e circunstância celebrou, juntamente com o placável - por causa da placa de cidadania honorária - Marcelo Spray, mais um par de natalícios. E tão eloquente, inflamado e conciso foi o discurso do Marcelo que eu não duvido que tenha sido a base para uma campanha presidencial, do Grupo, inicialmente... E, surpresa maior e por todos saudada, foi o fato de o bolo de aniversário ter chegado à mesa com as cobiçadas cerejas que pareciam somar as idades conjuntas dos aniversariantes, a que se juntou, à última hora, a sempre graciosa e simpática Bete Fifi, mateuslemense de nascimento e por adoção, também de Pitangui...

Para finalizar, e sem mais espaço para individualizar as ilustres e agradáveis presenças, vale lembrar aqui, que foi essencialmente uma noitada dos clãs, Chaves, Teixeira, Lopes, Galvão, Nunes de Carvalho, Santos-Scapolatempore, Galvão, Mourão, Machados, sempre unidos e bem afiados, etc, etc e etc.

E se de alguém me esqueci, que se o registre para uma emenda na próxima edição mas a minha precipitação para sair deveu-se ao temor do sereno que a partir de certa idade é um veneno...sobretudo para quem tem o cachecol pequeno...

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 24/11/2021
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