1978 - Para quem viveu, e para quem perdeu!

A estação de rádio talvez imaginasse o que provocaria com a seleção de músicas de 1978. Eis uma boa ideia! Para tantos ouvintes a memória auditiva traz flashes de momentos belos e nobres.

Desde Ney pregando a ausência de pecado “aqui pelas bandas de baixo”, passando pela incisiva Cálice de Chico Buarque, pelo apaixonante Café da Manhã de Roberto Carlos, pela novelísticas Frenéticas, pelo swing de Grease, irresistíveis Bee Gees seguidos obrigatoriamente de ABBA, até a explosiva Macho Man. Páginas reviram-se na mente, afagando o coração.

No meu conceito são felizes os que vivenciaram este período que traz consigo fatos que mesmos as gerações mais recentes prezam. Quem matou Salomão Ayala? Como esquecer a nota do “barão” de mil cruzeiros? A copa que a Argentina levou (ao som de Wando.. doeu ai, doeu ai... ).

Era um período de atrevimento, de arriscar, de provocar, de realmente revolucionar. Aos que discordam, sintam se convidados a assistir ao clip de Sandra Rosa Madalena no fantástico (pré Mickael Jackson). Pouco? Delicie-se com Elis em Querelas do Brasil numa época em que a ditadura transitava entre a fase de terror para a reabertura política, mantendo seu carimbo de Censura antes de todo programa televisivo.

Mesmo com a fartura de séries hoje disponíveis jamais esqueceremos a delícia de assistir Casal 20, Chips, S.W.A.T. , Panteras, Ilha da Fantasia, homem biônico etc. Também é verdade que estes momentos começavam a roubar as brincadeiras com a vizinhança na rua e com cadeiras nas calçadas.

Ahhh! Período riquíssimo em que “quem tem a viola” pra te acompanhar não passa “sufoco” e pode dizer: “vou festejar” com Beth Carvalho, pensando no “amanhã” poetizado por Guilherme Arantes.

Dez anos após andar “sem lenço nem documento”, em 1978, aquele que estivesse em esquinas famosas de “Sampa” só querendo “sossego “, ou mesmo com disposição para os “embalos de sábado à noite”, facilmente encontraria por perto uma calça boca de sino, uma sandalinha de brilhos, ou uma blusa cacharel para te acompanhar no “We are the Champion”.

Parabéns aos que compreendem (sentem) tudo e mais um pouco que isso significa!

Gratidão pela vida gostosa de ser contada!