MENTES AFIADAS.

Uma mente meditativa é como diamante nas escrituras do budismo, corta qualquer substância, mas não pode ser cortada. É a sabedoria do budismo “maaina”. Integração perfeita a que nada se esconde. Pulsa e divisa longe.

Mente livre, desperta que tem limpa visão, como o diamante que tudo corta sem poder ser cortado, é o corte afiado da compreensão e de sabedoria perspicaz. Vê tudo exatamente como é, não vai além nem fica aquém. Mantém contudo a humildade, mas recusa o silêncio que não explica, e tudo explica porque tudo vê. Nessa ambiência favorece a humildade e mesmo o perdão que exerce por comiseração, mas não perde e nem abre mão do que conhece.

Perguntas devem se alinhar com a verdadeira sabedoria. Podemos ver o mundo como ele é na realidade? Somos escravos de nossas fantasias? Gastamos tempo demais em estados mentais confusos, abrindo mão de nossa plena consciência? Meu centro de pensamento foge de meu controle por interferência de agentes externos em algum momento? Estragamos nossas vidas porque não conseguimos processar a realidade como ela verdadeiramente acontece? Precisamos parecer o que não somos, para obter reconhecimento nas fantasias que projetamos, mais do que fazemos e menos do que podíamos fazer? Inventamos histórias para nossas vidas e dizemos aquilo que queremos ouvir, e ao fazer isto criamos e perpetuamos fantasias, mas nos satisfazemos?

Pessoas distantes da necessária espiritualidade, do seu epicentro de força interior, tornam comum o homem, um pobre objeto de seus desejos; posses e fama. Correm como crianças em busca de brinquedos e nem isso traz distração quando alcançados.

É a insatisfação material, a matéria nada é e nada vale, é passageira e não nos pertence, só o espírito nos pertence, dele precisamos cuidar. Nada satisfaz , é preciso sempre mais materialmente ou pessoalmente galgado como suposto.

Pessoas vestidas de sabedoria não têm dificuldade de compreensão, dimensionam com tranquilidade todos esses eventos. Conseguem ter discernimento em quase todas as áreas da vida, e não apenas em algum assunto estrito ou especializado. Há uma gnose paralela ao existir diversa do comum, fica fácil perceber, uma transcendência soprada pela brisa desconhecida, mas presente. Inicia-se pela sábia ausência de egoísmo, passando iluminação, e se aperfeiçoa na paz.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 21/11/2021
Reeditado em 23/11/2021
Código do texto: T7391006
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