Quando negamos nossa identidade
Quando negamos nossa identidade, sentenciamos o futuro dos nossos. Mais lágrimas rolarão em faces negras. Negaremos o nosso existir como humanidade. Nosso pensar, nosso agir, nosso existir, passa a ter o valor que o outro quiser dar. Voltaremos a ser ‘peças’ como séculos atrás. Palavra da santa magna igreja “negros não tem alma”. Qual o contato com a divindade apoia essa afirmação? A mesma que crucificou o filho dele? Nossa alma está em toda criação. Sem a hierarquia que diferencia os iguais e põe valor na dignidade deles.
Quando negamos nossa identidade, negamos a nós. Abortamos nossos filhos, desistimos dos nossos netos. Decretamos o fim! O fim que nos desejam. Esquecemos que mesmo que cercados por desafios, e da morte os que nos antecederam fizeram de seu ventre nosso forte, e quando seus filhos eram arrancados de seus braços e vendidos, o leite que os alimentaria - outros bebês se fartaram e a mãe nem ao choro tinha direito. Então de dor suas almas se fortaleciam. Não desistiram dos viriam depois e lutaram como puderam para que as gerações futuras tivessem o tesouro que não tinham – a liberdade. Liberdade de sermos quem somos. Negros retintos ou de pele mais clara, por nossos antepassados não podemos ao nos negar e cair no laço que os escravizou!
Que não se repita a negação que propiciou irmão vender irmão, pai do filho abrir mão. Muitos trabalharam na liberdade e conseguiram libertar outros iguais. Não negue o tesouro que herdou. Não jogue fora o orgulho dos que virão! Não negue sua identidade e honre a Consciência que te antecedeu. Para que hoje possa escolher a liberdade ou o grilhão.