Escrever por Escrever
- Gostaria de escrever o que quizesse, mas, não posso.
- Gostaria de expor minhas ideias aqui, mas, também não posso.
- Gostaria de promover um verdadeiro vômito poético, se é que podemos dizer assim...
- Gostaria de botar tudo pra fora, botar literalmente no ventilador, espalhar tudo por aí, só pra ver no que isso pode dar.
- Esvaziar totalmente o celeiro de ideias, usar tudo o que existe nesse arcabouço poético só para apimentarem os textos.
- No campo da filosofia não me vejo filósofo, embora tenha uma certa sabedoria, gostaria mesmo de redigir coisas que não fossem enfadonhas, fáceis de compreensão e com um grau cognitivo exacerbado. Assim como no ramo da filosofia, a metafísica.
- Gostaria de escrever por escrever, sabe, aquela coisa sem compromisso, sem me preocupar com a aceitação das pessoas. Não é isto que vemos nos livros?. Então, quizera eu poder escrever assim e ser aceito, não que alguém possa bajular, dizer que ficou ótimo, show, dez, arrazou poeta. Etc.... Este tipo de bajulo barato, que até quem fez, o fez para desfazer logo de uma situação constrangedora e pular para outro texto e quem sabe puxar um pouco o escroto do colega e enfim dizer as mesmice de palavras migratórias de algo parecido com o finado (YR).
- Gostaria mesmo de poder expressar livremente as minhas ideias, mas, acho que aqui o campo dessas mesmas ideias possa estar minado e não valeria a pena, escrever por escrever, do que me adiantaria se ninguém fosse ao menos ler uma linha sequer.
- O fato é que se colocarmos no papel, transformando todas essas ideias em linhas, parâgrafos e páginas, talvés assim formaria um calhamaço ou tudo se resumiria em um livro e que alguém adquriria e o colocaria numa estante como um enfeite de alguém que nem mesmo sabe ler. Um mero elefante branco.
- E não sabendo ler, aquelas palavras estariam mortas, presas numa simples folha de papel sendo amarelada pelo tempo que nem mesmo poupa alguém. Estaria o livro fadado a se perder na história, pois, jamais foi aberto, jamais foi lido, jamais alguém o retirou daquela estante velha, empoeirada, pois, seu dono já não pertence a este mundo, jazeu e o mesmo fora esquecido.
- Quem me dera poder então resgatá-lo dalí, expor para quem possa lê-lo e assim com a leitura poder tirar alguém do mundo da medíocridade , elevando o ser ao posto mais alto da cultura.
- Quem me dera saber ou então poder transformar uma mente poluída em uma mente mais produtiva.
- Tentaremos, não temos a certeza de que realmente dará certo ou se conseguiremos.
Escrever por escrever, este é o propósito.
E nada mais importa.
Abraços.
ej...!!!