HERESIA NA EDUCAÇÃO.
A Ágora grega - como o Fórum romano – era o espaço onde se davam os encontros para decisões públicas, assembléias do povo, discussão de ideias, recintos com estátuas e pórticos majestosos, praça principal das remotas cidades gregas, também abrigando trocas e mercancias várias. Aí ocorriam julgamentos mais expressivos. Hoje a Ágora atual esbanja desconhecimento, nominada internet. É na política.
Por começo partidarizam o conhecimento aqueles que nada estudaram ou estudam, chancelando a advertência do maior semiólogo de nossos tempos, Umberto Eco, sobre o ególatra . São leitores de almanaques, se muito, e professoram....
Vi ontem em grupo da UFF , loas à Finlândia. Por sua “educação liberta” como nomino, ideal ao meu credo de ensino, base da escola grega da Paideia, onde o alunado era motivado a criar e discutir ideias já postas, para que não estacione o pensamento e conquistas avancem. Nem se submetam a nada impositivo.
No momento querem interferir, TAMBÉM, no acesso à universidade. A isso chama-se ditadura opiniosa.
Ninguém pode ser juiz de seu próprio interesse.
Como demonstrava de sua arquicadeira o sábio Santo Agostinho, “ a justiça é a virtude de dar a cada um o que lhe é devido”. E o livre pensamento é um direito.
Sem abandonar todas as considerações de ordem pessoal, NÃO SE PODE SER JUSTO”. Raynal; caixa alta nossa.
Pensar, ler, existir, conexões necessárias da inteligência. E dessa equação resulta o conhecimento e com ele a isenção limpa diante de evidências incontornáveis.
Não se pode pretender ser opinioso ou tornar desprezível discussão da ordem de ideias em discussão, E MUITO MENOS, ignorar o distanciamento como deve prevalecer livre das encarnações, de questões postas ou nelas interferir com pessoalidade por razões políticas
Fazer isso na educação é manifesta heresia,
“Vivemos em mundo de palavras”, refere Richard Leakey”. A linguagem é nosso veículo principal, ela nos faz distinguir do resto da natureza. Mas precisamos ser livres para criarmos universo de ideias limpo de algemas opiniosas como se quer arbitrar em educação.
Esse o marco da inteligência construída e construtiva. Se nos comunicamos com palavras, pensamos com palavras. Pensar é a possibilidade de ligar as palavras com que elaboramos o pensamento. A sintaxe faz a conexão de uma palavra com outra.
Quem não se orientou a lidar bem com as palavras, com seu patrimônio vocabular, não sabe pensar. Sobre esse tema, essa proposição, o filósofo Ludwig Wittgenstein emitiu forte e brutal sentença da qual não há como se afastar: “Os limites da minha linguagem são também os limites de meu pensamento’. Nada mais verdadeiro.
Se é básico para engendrar pensamentos me valer de fontes informativas na interação geral, fazendo as devidas conexões no processo cerebral, fechando, um pensamento, uma proposição, um aprendizado amealhado no mundo das palavras, mas nunca sendo vítima de coerção sobre o que penso. Muito menos em processo de acesso às universidades.