JÉSSICA, MINHA LILITH! ("O que falta para eu entender que acabou? Que dor falta sentir?" — Tati Bernardi)
Eu aqui escrevendo, pensando no Jardim do Éden e me lembro do "meme": "Já acabou, Jéssica?" O contraste das circunstâncias posicionou-me no meio. Eu tenho uma Jéssica que não acaba nunca o que começou (figura mitológica do meu conforto) que refrigera meu coração. O que vem a ser a Lilith para o Adão. Quem se envolve com uma Jéssica deseja que nunca acabe; quanto mais demorar melhor: o espancamento da vida não significa nada.
Por isso, todos têm uma Jéssica que lhe levará motivos para o otimismo. A Jéssica do Sansão era Dalila; a do Davi era Bate-Seba. Assim, devemos estar sempre atentos às perseguições de algum rival ou donos das Jéssicas, eles podem querer acabar logo; gostam de interromper a diversão dos outros, o sucesso tem um preço.
A vida é feliz assim para os masoquistas, que também é uma forma de viver perigosamente. Não importa tudo mais nessa vida, contanto que as coisas sejam organizadas para uma viagem cheia de obstáculos e contratempos, formas diferentes de prazeres. Todavia, para nossos propósitos normais, vale a pena resistir às inesperadas dificuldades para ter outro tipo de vida: a Edênica! E os proprietários das Jéssicas eduque-as para não nos machucar. Se definirmos novas prioridades, as dos sadistas, comunicá-los-emos. Oh, mas não podemos deixar que nossas emoções desequilibradas assumam nossos objetivos. A mente desocupada é a oficina do Capiroto. A Jéssica é um anjo caído que derruba os outros: Minha Lilith. CiFA